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10/Nov/2025

Comercialização do trigo lenta no mercado interno

A comercialização de trigo no mercado interno avança lentamente. No Paraná, as chuvas recentes trouxeram preocupação em relação à qualidade do cereal que está sendo colhido e muitos produtores estão ausentes do mercado. Na região de Ponta Grossa, as vendas são pontuais e a oferta está restrita por causa das chuvas. Para o trigo 2025/2026, os moinhos indicam entre R$ 1.230,00 e R$ 1.240,00 por tonelada CIF, para entrega imediata e pagamento em 15 de dezembro. Os preços registram alta de R$ 10,00 por tonelada nos últimos sete dias.

Os vendedores indicam R$ 1.300,00 por tonelada CIF, em iguais condições. Os moinhos estão recebendo trigo argentino. Os compradores indicam para o trigo importado R$ 1.450,00 por tonelada, alta de R$ 50,00 por tonelada nos últimos sete dias. A colheita está na fase final no Paraná e o Departamento de Economia Rural (Deral/Seab) informou que 83% do trigo ainda no campo está em boas condições. No entanto, ao menos 5% do trigo foi colhido debaixo de chuva no norte e oeste do Estado. As últimas lavouras estão concentradas no sul, onde ainda chove, mas sem granizo e ventos, o que prejudica menos a qualidade do cereal.

No Rio Grande do Sul, o volume negociado é maior para exportação. Na região de Ijuí, o mercado para exportação negociou "um bom volume" do cereal para países como Indonésia e Bangladesh, a R$ 1.180,00 por tonelada, para entrega entre novembro e dezembro e pagamento no fim de dezembro. Os moinhos indicam R$ 1.140,00 por tonelada CIF, para entrega em novembro e pagamento em janeiro, queda de R$ 20,00 por tonelada nos últimos sete dias. O trigo argentino chega no Estado a US$ 254,00 por tonelada. No Estado, o clima também está mais úmido.

Mas, a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul diz não haver preocupação com a qualidade. Cerca de 20% das lavouras foram colhidas, com grãos de boa qualidade, semelhantes à safra de 2022. Segundo dados da Emater-RS, a colheita de trigo alcançou 42% da área cultivada, mas o índice está inferior à média das últimas cinco safras (64%) para o mesmo período. A diferença reflete a maturação mais lenta das lavouras, influenciada pela alternância de períodos chuvosos e temperaturas amenas ao longo de setembro e outubro, que estenderam as fases vegetativa e de formação de grãos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.