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20/Oct/2025

Moinhos do Brasil mantêm importação da Argentina

Os moinhos têm comprado trigo importado da Argentina, ainda que os preços sejam mais elevados em comparação com o nacional, pela necessidade de mistura nas farinhas. Segundo o Moinho Anaconda, se o Brasil tivesse mais volume e qualidade de produto para demanda, o setor importaria menos. Mas, há necessidade de compra do trigo argentino. O moinho compra cerca de metade importado e metade nacional. A necessidade de mescla (blend) das farinhas também é apontada como um dos principais fatores para as importações de trigo em alta na avaliação da CJ International Brazil. Em setembro, o Brasil importou 568,98 mil toneladas de trigo, das quais 87,3% da Argentina, 7% do Paraguai e 5,8% do Canadá, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Em agosto, o volume foi de 493 mil toneladas. Existe uma demanda cativa para trigo importado. Em alguns anos é maior; em outros, é menor, mas ela sempre existe, independentemente do preço. Isso ocorre muito em São Paulo porque é o maior mercado consumidor e um Estado que ainda produz pouco. Outro motivo que implica aumento das importações de trigo argentino é a relação comercial entre vendedores e compradores dos dois países. Por razões diversas, as empresas fornecedoras decidiram aumentar esta oferta de trigo argentino pontualmente. Teve navios chegando nos últimos 30 dias no Rio Grande do Sul e recentemente no Porto de Paranaguá (PR).

O fator tributário também pode influenciar as importações. O produto do Paraná, por exemplo, e comercializado no próprio Estado é livre de taxas. Na comercialização interestadual, no entanto, há o acréscimo de 12% de ICMS. Na perspectiva de um moinho de São Paulo, o trigo do Paraná virá com 12% de ICMS, enquanto o argentino, não terá taxação por conta do livre comércio. A depender da perspectiva do moinho, compensa mais importar. A localização do moinho também influencia nos preços do cereal nacional e importado. Um moinho em Santos (SP) está muito longe da produção do trigo, então, o trigo argentino fica mais barato. A conjuntura econômica atual no País, de juros elevados, também desestimula as compras de trigo nacional. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.