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15/Oct/2025

Preços devem se manter pressionados em outubro

Segundo o Itaú BBA, o avanço da colheita de trigo 2025 no Brasil e a ampla oferta internacional são fatores que devem seguir pressionando o mercado do cereal em outubro. No mercado interno, a média de preço ao produtor no Paraná recuou 7% em setembro, encerrando o mês a R$ 70,39 por saca de 60 Kg. Entre os dias 1º e 13 de outubro, a tendência de queda se manteve, com o cereal sendo comercializado a R$ 64,56 por saca de 60 Kg. Os moinhos adotam postura mais discreta na aquisição do trigo nacional, amparados por estoques confortáveis.

A colheita em ritmo acelerado e indica bons níveis de produtividade, com destaque para Paraná e São Paulo, que já atingiram 60% e 90% da área colhida até 11 de outubro. Ainda assim, as importações seguem firmes. No mês passado, o Brasil importou 569 mil toneladas de trigo, sendo 87% provenientes da Argentina e 7% do Paraguai. A suspensão temporária das retenciones na Argentina, entre os dias 22 e 24 de setembro, favoreceu ainda mais a entrada do produto no mercado brasileiro. Somado aos fatores internos, a oferta global de trigo segue em trajetória de alta, pressionando os preços.

No cenário externo, a consultoria SovEcon revisou para cima a estimativa de produção de trigo na Rússia, agora projetada em 87,8 milhões de toneladas, impulsionada por rendimentos recordes na região da Sibéria. Na Argentina, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires estima um crescimento de 18,3% na produção, totalizando 22 milhões de toneladas, superando a última projeção do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que indicava 20 milhões de toneladas. A maior parte das lavouras argentinas apresenta condições de cultivo entre normais e excelentes, embora haja relatos pontuais de problemas fitossanitários devido ao excesso de chuvas.

No Brasil, a estimativa de produção, por sua vez, foi revisada para baixo pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que projetou 7,5 milhões de toneladas para a safra 2025, uma queda de 4,5% em relação à temporada anterior. A retração está relacionada principalmente à diminuição da área cultivada, já que a produtividade esperada permanece favorável, e à baixa rentabilidade do produtor na safra anterior. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.