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29/Jul/2025

Tendência de queda nos preços com fraca demanda

A semeadura de trigo no Brasil se aproxima do fim e, com isso, os vendedores seguem focados na finalização dos trabalhos de campo, retraídos para comercializar maiores volumes no spot. Os compradores, por sua vez, buscam negociar com o mercado externo, mantendo a liquidez baixa no spot nacional. No Brasil, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a semeadura atingiu 96,9% da área destinada ao cultivo de trigo até o dia 19 de julho, em linha com o observado no mesmo período de 2024 e com a média dos últimos cinco anos.

Faltam apenas Rio Grande do Sul e Santa Catarina para encerrar a semeadura. A colheita, por sua vez, avança em Goiás e se iniciou em Minas Gerais. No Rio Grande do Sul, números divulgados pela Emater-RS no dia 24 de julho mostram que a semeadura chegou a 97% da área cultivada, com 100% das lavouras em fase de germinação e desenvolvimento vegetativo. As condições climáticas têm favorecido o desenvolvimento das lavouras.

No Paraná, segundo informações divulgadas no dia 22 de julho pelo Departamento de Economia Rural (Deral/Seab), a semeadura foi finalizada, com 2% das lavouras em fase de germinação, 46% em desenvolvimento vegetativo, 24% em floração e 28% em frutificação. Quanto às condições das lavouras, 82% estão em boas condições, 11%, em médias e 7% estão ruins, cenário estável quando comparado ao relatório anterior. Para as plantas que estão na frutificação, há sinais de falta de chuvas, além da preocupação quanto às perdas causadas pelas geadas. Nos locais onde a semeadura foi finalizada recentemente, por outro lado, as condições das lavouras são boas.

Com a proximidade da finalização da semeadura e o recuo do dólar frente ao Real na última semana, os preços estão em baixa no mercado disponível. Nos últimos sete dias, no mercado de lotes (negociações entre empresas), as baixas são de 0,83% no Rio Grande do Sul, de 0,64% em São Paulo, de 0,5% no Paraná e de 0,11% em Santa Catarina. No mercado de balcão (valor pago ao produtor), há recuo de 0,71% no Paraná, mas elevação de 0,46% em Santa Catarina e de 0,11% no Rio Grande do Sul. Os valores internacionais estão pressionados pelo avanço da colheita no Hemisfério Norte e do clima favorável nos Estados Unidos.

Na Bolsa de Chicago, o contrato Setembro/2025 do trigo Soft Red Winter registra queda de 1,5% nos últimos sete dias, cotado a US$ 5,38 por bushel (US$ 197,77 por tonelada). Na Bolsa de Kansas, o contrato Setembro/2025 do trigo Hard Winter tem desvalorização de 0,5% no mesmo intervalo, a US$ 5,26 por bushel (US$ 193,46 por tonelada). Na Argentina, os preços FOB do Ministério da Agroindústria apresentam avanço de 0,4% nos últimos sete dias, a US$ 233,00 por tonelada.

A Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou que a semeadura de trigo da safra 2025/2026 na Argentina alcançou 95,9% da área total prevista, de 6,7 milhões de hectares. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), até a terceira semana de julho (14 dias úteis), o Brasil importou 383,12 mil toneladas, volume 40,6% menor quando comparado ao mês cheio de julho/2024 (644,61 mil toneladas). O preço médio do cereal importado foi de US$ 237,20 por tonelada FOB origem, baixa de 8,7% no comparativo anual. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.