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22/Jul/2025

Preços do trigo sustentados no mercado doméstico

Os preços do trigo encontram sustentação no Rio Grande do Sul e no Paraná, com a maior taxa de câmbio, que eleva a paridade de importação, e a perspectiva de safra menor. Os vendedores seguem firmes, acompanhando o desenvolvimento das lavouras e/ou com foco na finalização do cultivo da atual temporada. Os compradores continuam adquirindo conforme as oportunidades de mercado e buscando especialmente o produto importado. Em São Paulo, observa-se maior retração compradora e, com isso, alguns vendedores acabam cedendo às pedidas. De modo geral, as negociações seguem travadas. Em Santa Catarina, os preços estão em queda. Nos últimos sete dias, o preço médio do trigo no mercado disponível do Rio Grande do Sul e Paraná registra alta de respectivos 0,28% e 0,26%. Em São Paulo e em Santa Catarina, há quedas de 5,6% e 0,42%, nesta ordem. No Brasil, a semeadura atingiu 91% da área destinada ao cultivo de trigo na semana passada, em linha com intervalo equivalente de 2024 e com a média dos últimos cinco anos.

A colheita em Goiás chega a 60% do trigo semeado no Estado. No Rio Grande do Sul, segundo dados divulgados pela Emater-RS no dia 17 de julho, houve grande avanço da semeadura, chegando a 92% da área cultivada e ultrapassando a marca do mesmo período da safra anterior e da média dos últimos cinco anos. As lavouras estão 100% em fase de germinação e desenvolvimento vegetativo. O clima seco favoreceu a semeadura no estado, com as atividades devendo ser concluídas dentro do intervalo recomendado. No Paraná, dados do Departamento de Economia Rural (Deral/Seab) mostram que, até o dia 14 de julho, 99% da área de cultivo de trigo já havia sido semeada, sendo que 3% estavam em fase de germinação, 55%, em desenvolvimento vegetativo, 19%, em floração, e 23%, em frutificação. Com praticamente todo o Estado encerrando a semeadura, o foco dos produtores está no controle de doenças. Quando às condições das lavouras, 82% estão em boas condições, 11%, em médias, e 7%, em ruins, estável quando comparado ao relatório anterior.

Em Santa Catarina, de acordo com dados divulgados pela Epagri/Cepa no dia 17 de julho, 39% da área destinada ao cultivo de trigo no estado havia sido semeada. Até o momento, 98% das lavouras estão em boas condições e apenas 2%, em médias. A estimativa de produção para a safra 2025 no Estado é de 359,8 mil toneladas, 16,7% inferior à da temporada passada, reflexo de uma menor área cultivada, 17,34% inferior em igual comparativo, para 101,68 mil hectares. Apesar disso, a produtividade deve ser maior, de 3,538 toneladas por hectare, alta de 0,7% sobre 2024. A desvalorização do dólar frente ao euro e a outras moedas, além da colheita em ritmo lento nos países produtores na região do Mar Negro, impulsiona a cotação. Na Bolsa de Chicago, o contrato Setembro/2025 do trigo Soft Red Winter registra alta de 0,2% nos últimos sete dias, a US$ 5,46 por bushel (US$ 200,71 por tonelada).

Na Bolsa de Kansas, o contrato Setembro/2025 do trigo Hard Winter tem alta de 0,9% no mesmo intervalo, a US$ 5,29 por bushel (US$ 194,37 por tonelada). Na Argentina, os preços FOB do Ministério da Agroindústria apresentam alta de 0,9% nos últimos sete dias, a US$ 232,00 por tonelada. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou no dia 17 de julho que a semeadura de trigo da safra 2025/2026 alcançou 92,8% da área total prevista, de 6,7 milhões de hectares, com avanço de apenas 1,8% comparado ao relatório anterior, devido ao excesso de chuvas que atingiram algumas regiões produtoras e atrasaram os trabalhos. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), até a segunda semana de julho (nove dias úteis), as importações de trigo no Brasil somaram 268,89 mil toneladas, volume 58% inferior ao verificado no mês cheio de julho/2024 (644,61 mil toneladas). O preço médio do cereal importado foi de US$ 238,90 por tonelada FOB origem, queda de 8% no comparativo anual. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.