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27/May/2025

Preços do trigo enfraquecidos e negociação pontual

Com as atenções voltadas ao cultivo da nova temporada, as negociações envolvendo trigo seguem ocorrendo de forma pontual. Quanto aos preços, continuam enfraquecidos, mas a recente reação nos valores externos do cereal pode voltar a dar sustentação ao mercado interno, especialmente neste período de baixa oferta doméstica. Nos últimos sete dias, os preços registram baixa de 0,26% no mercado de balcão (valor pago ao produtor) de Santa Catarina e se mantêm estáveis no Paraná (-0,02%) e no Rio Grande do Sul. No mercado de lotes (negociações entre empresas), as reduções são de 2,37% no Rio Grande do Sul, de 0,82% em São Paulo e de 0,21% em Santa Catarina. No Paraná, há alta de 0,37%.

Na Bolsa de Chicago, a desvalorização do dólar em relação ao euro dá sustentação aos preços do trigo, que chegaram a operar no maior patamar em um mês. O contrato Julho/2025 do trigo Soft Red Winter tem alta de 3,3% nos últimos sete dias, a US$ 5,42 por bushel (US$ 199,33 por tonelada). Na Bolsa de Kansas, o contrato Julho/2025 do trigo Hard Winter apresenta valorização de 4,3% no mesmo intervalo, a US$ 5,38 por bushel (US$ 197,96 por tonelada). Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados unidos (USDA), até o dia 18 de maio, das lavouras de trigo de inverno dos Estados Unidos, 52% estavam entre condições boas/excelentes; 30%, em médias; e 18%, ruins ou muito ruins. Para a safra de primavera, o USDA aponta que a semeadura somava 82% a área esperada, com avanço de 16% em relação à semana anterior, 6% acima do ano passado e 17% acima da média dos últimos cinco anos.

Na Argentina, os preços FOB do Ministério da Agroindústria registram valorização de 0,4% nos últimos sete dias, a US$ 235,00 por tonelada. Na média de maio/2025, o valor está 4,9% abaixo do de abril/2025. No Paraná, segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral/Seab) divulgados no dia 20 de maio, 49% da área destinada a cultura do trigo já havia sido semeada, e, até o momento, 99% estão em boas condições e apenas 1%, em médias. Entretanto, o alto custo para produção e a baixa cobertura de seguro têm deixado o setor desmotivado a investir na cultura. Dados do dia 22 de maio da Emater-RS indicam que os trabalhos para preparar as áreas destinadas à cultura do trigo no Rio Grande do Sul vêm sendo intensificados.

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no Brasil, até 17 de maio, 25,2% da área destinada ao trigo já havia sido semeada, com grandes avanços em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná e na Bahia. Goiás e Minas Gerais estão próximos de terminar a semeadura. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que, até a terceira semana de maio (com 11 dias úteis), as importações de trigo no Brasil somavam 359,36 mil toneladas, volume 45% abaixo do de maio/2024 (654,84 mil toneladas). O preço médio do cereal importado foi de US$ 240,80 por tonelada FOB origem, alta de 0,7% no comparativo anual. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.