31/Mar/2025
A Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi) registrou crescimento de 4% em 2024, conforme pesquisa NielsenIQ. Entre os produtos da Cesta Abimapi, o segmento de biscoitos registrou aumento de 2,1% em valor no ano passado, totalizando R$ 33,1 bilhões, e crescimento de 1,6% em volume, para mais de 1,5 milhão de toneladas consumidas. Já o mercado de massas cresceu 4,0% em valor, para quase R$ 15 bilhões, e 4,9% em volume, para mais de 1,3 milhão de toneladas comercializadas. As massas secas apresentaram um crescimento em volume superior ao valor, influenciado por promoções e pela migração de consumidores das massas instantâneas.
A frequência de compra foi afetada pelo preço mais acessível do arroz em 2024, enquanto massas frescas e instantâneas mantiveram uma trajetória de crescimento. O faturamento do segmento de pães industrializados cresceu 8,3%, para R$ 15,5 bilhões, e 791,3 mil toneladas foram vendidas, 6,5% mais. A inclusão do pão de forma na cesta básica, com redução de impostos, e o bom desempenho de categorias como o pão de queijo também contribuíram para esse cenário positivo. O segmento de bolos industrializados faturou R$ 2,64 bilhões, 7,7% acima do ano anterior, com crescimento de 2,3% em volume, a 63 mil toneladas. O aumento de preços e a preferência por produtos de maior valor agregado, como bolos recheados, impulsionaram o crescimento em valor.
A categoria também viu um aumento na penetração graças à recuperação econômica e aumento do poder de compra, indicando a entrada de novos consumidores das classes C, D e E, com destaque para o consumo de porções individuais. Sobre a indústria do trigo, ressalta-se o início da recuperação de faturamento em 2024, embora tenha apresentado um cenário misto. Houve um aumento de 5% no volume de farinha de trigo doméstica vendida, mas uma queda de 9,6% no faturamento, de R$ 5,3 bilhões para R$ 4,8 bilhões. O descompasso reflete fatores como questões climáticas que afetaram a safra e a crescente segmentação do mercado, intensificando a competição. A expectativa é de retomada do faturamento em 2025 com ajustes de preços. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.