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03/Feb/2025

Preços do trigo firmes e comercialização pontual

A comercialização de trigo no mercado interno continua pontual. A indústria moageira adquire apenas o volume necessário para reposição imediata. O motivo são os estoques alongados dos moinhos. Nas principais regiões produtoras, os compradores têm buscado negócios para entrega em março. No Rio Grande do Sul, os moinhos estão com estoques cobertos para fevereiro e realizam compras apenas para março. Os moinhos estão comprando mês a mês o volume necessário para moagem, se mantendo com 30 a 45 dias de estoques. Indústrias de fora do Rio Grande do Sul também recorrem ao cereal do Estado. Os compradores indicam R$ 1.280,00 por tonelada FOB interior, enquanto os vendedores indicam entre R$ 1.300,00 e R$ 1.400,00 por tonelada nas mesmas condições. O valor pago pelo grão aumentou cerca de R$ 50,00 por tonelada no acumulado do mês de janeiro.

Aproximadamente 71% da safra do Estado, estimada em 3,95 milhões de toneladas, já foi comercializada. O percentual supera o nível reportado em igual período de temporadas anteriores, em média de 55% a 60% da produção comprometida ao fim de janeiro. Do total, cerca de 1,6 milhão a 1,7 milhão de toneladas tendem a ser destinadas à exportação, entre tipo ração e tipo pão. Os embarques devem se estender até meados de março. Os moinhos do Rio Grande do Sul também recorrem ao cereal importado para mescla. Aproximadamente entre 20% e 30% da mistura do cereal é composta por trigo importado. O cereal argentino chega ao Estado de U$$ 265,00 por tonelada, para entrega no Porto de Rio Grande a U$$ 270,00 por tonelada, para entrega em Canoas.

No Paraná, na região dos Campos Gerais, as indicações no mercado spot são de R$ 1.400,00 por tonelada CIF moinho, para entrega em fevereiro e pagamento em março. Para entrega em março e pagamento em abril, o preço sobe para R$ 1.450,00 por tonelada. Há registro de negócio pontuais nesse patamar de preço. Quem precisou teve que vender para liberar espaço para soja e milho. Na região, os moinhos também têm buscado negócios para entrega futura, a partir de março. No geral, os moinhos estão abastecidos e ainda recebendo o cereal da Argentina, fora os que também adquiriram o grão do Rio Grande do Sul e do Paraguai. Além disso, resta pouco trigo disponível no Paraná para ser comercializado. Como os produtores não conseguem mexer com o cereal de inverno durante a colheita da soja e do milho, os preços podem mudar, mas há um esforço por parte dos moinhos para se manterem abastecidos até lá. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.