16/Dec/2024

Segundo a Emater-RS, com a safra de trigo 2024 do Rio Grande do Sul colhida, foi reavaliada a produtividade das lavouras para 2.839 quilos por hectare, 8,41% abaixo da projeção inicial, de 3.116 quilos por hectare. A área cultivada totalizou 1.322.167 hectares e a produção chegou a 3.754.159 toneladas, 62% superior à da safra de 2023. Os resultados obtidos apresentaram ampla variabilidade: de insatisfatórios, em parte das lavouras, devido à recorrência de chuvas durante as fases de enchimento de grãos e na colheita, causando a redução do peso dos grãos e germinação nas espiguetas, a expressivos, como no quadrante nordeste do Estado, onde o potencial produtivo foi preservado ao longo do ciclo.

Considerando as dez últimas safras (2015 a 2024), a safra atual se destaca como a terceira maior em área cultivada, superada apenas pelas safras de 2022 e 2023. Em termos de produtividade, apresenta resultados semelhantes aos de 2021, posicionando-se como a quarta safra mais produtiva, superada pelas de 2016, 2019 e 2022. Quanto ao volume total produzido, ocupa o segundo lugar na série histórica, ficando atrás somente da safra de 2022, que alcançou o recorde de 5.299.994 toneladas, consolidando-se como a maior produção de trigo registrada no Estado.

O Rio Grande do Sul cultivou com aveia branca 354.987 hectares. A produtividade foi reestimada em 2.247 quilos por hectare, queda de 9,17% em relação à estimativa inicial de 2.474 quilos por hectare. A produção foi reavaliada para 797.759 toneladas. A variação negativa foi influenciada por condições climáticas inapropriadas ao cultivo durante o ciclo produtivo, como chuvas intensas e ventos fortes, em algumas regiões do Estado, além de fatores relacionados ao manejo de fertilidade e à sanidade das lavouras. A safra da cevada foi concluída em 34.398 hectares.

A produtividade é estimada em 3.204 quilos por hectare, redução de 6,62% em relação aos 3.431 quilos por hectare projetados inicialmente. A produção no Estado está avaliada em 110.219 toneladas. Estima-se que 95% dos cultivos destinados à indústria cervejeira tenham sua produção classificada como apta para malteação. Os grãos desclassificados apresentaram, predominantemente, insuficiência no calibre e no poder germinativo, não atendendo aos padrões técnicos exigidos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.