09/Dec/2024

A negociação de trigo segue pontual no spot, seja pela preferência dos moinhos em adquirir cereal importado do Mercosul, seja pela baixa demanda de farinha no mercado doméstico. No Paraná, na região dos Campos Gerais, o mercado de trigo é lento. Os compradores indicam R$ 1.400,00 por tonelada CIF moinhos da região, enquanto os vendedores mantêm a indicação entre R$ 1.450,00 e R$ 1.500,00 por tonelada FOB, dificultando a concretização de acordos.

A concorrência com trigo importado, especialmente da Argentina e do Paraguai, tem pressionado ainda mais o mercado local. A safra argentina tem permitido que moinhos mesclem o cereal nacional com o importado, conforme a necessidade e a logística. O trigo do Rio Grande do Sul surge como alternativa para os moinhos da região de Ponta Grossa, com valores competitivos no CIF. O mercado local deve ganhar mais força em fevereiro, quando a colheita de soja já tiver começado.

No Rio Grande do Sul, na região da Serra Gaúcha, a negociação corre de forma pontual. Com a baixa movimentação, os preços se mantêm estáveis. Nem mesmo a alta do dólar fez com que o trigo reagisse. A baixa demanda por farinha de trigo, de uma maneira geral, também contribui para que os moinhos não recorram muito ao spot nesses últimos dias. Na região de Vacaria, a indústria indica R$ 1.300,00 por tonelada CIF, para entrega imediata e pagamento em 30 dias, sem contraofertas.

A demanda por trigo importado também é provocada pela baixa qualidade do grão brasileiro na atual safra. Em novembro, a média mensal do trigo negociado no Rio Grande do Sul foi de R$ 1.265,61 por tonelada, queda de 1,1% frente à de outubro e de 0,3% sobre a de novembro/2023, em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-DI).

No Paraná, a média foi de R$ 1.429,98 por tonelada, estável no comparativo mensal, mas 7,4% superior à de novembro/2023. Em São Paulo, houve respectivas altas de 3,2% e 23,6%, à média de R$ 1.584,73 por tonelada em novembro/2024. Em Santa Catarina, o valor médio foi de R$ 1.426,82 por tonelada, 1,5% inferior ao de outubro/2024, mas 2,6% acima do de novembro/2023. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.