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25/Oct/2024

Preços do trigo da safra 2024 dependem do clima

Segundo a Cooperativa Agrária, as condições climáticas das próximas semanas, e os consequentes efeitos das chuvas sobre a produção, serão determinantes para o desempenho dos preços do trigo nacional da safra nova. Neste ano, serão dois mercados de preços no Brasil: o de trigo para moagem e o de trigo para ração. Os preços não devem disparar no curto prazo e nem vão cair muito. Atualmente, o trigo nacional está mais competitivo que o importado. Hoje, o cereal do Rio Grande do Sul chega em média a R$ 1.250,00 por tonelada FOB Porto de Paranaguá, contra R$ 1.450,00 por tonelada do trigo do Paraná, R$ 1.574,00 por tonelada do cereal argentino e R$ 1.465,00 por tonelada do cereal importado do Paraguai. O trigo do Rio Grande do Sul está com preços competitivos também para exportação.

Como tendência baixista para o preço do trigo nacional pode-se citar um eventual recuo do dólar ante o Real, exportação de cereal do Rio Grande do Sul limitada em virtude de comprometimento logístico e a entrada da safra argentina. Como fatores altistas, o baixo nível do estoque mundial de trigo, o preço mínimo do trigo russo a US$ 250,00 por tonelada, os cortes na produção da Argentina e a incerteza com a safra do Rio Grande do Sul. A preocupação quanto à produção nacional deve-se às chuvas em andamento sobre as lavouras do Rio Grande do Sul e sobre áreas do Paraná, com prejuízos ao volume colhido e problemas de qualidade já identificados. As chuvas já afetaram a safra nos Campos Gerais, no Paraná, e seguem no Rio Grande do Sul. É uma safra com chuvas acima do normal. É a terceira safra com Estados afetados pelos eventos climáticos.

Dados de mercado apontam para uma colheita nacional de no máximo 7,72 milhões de toneladas na safra atual, abaixo do previsto pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de 8,26 milhões de toneladas, e pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), de 9 milhões de toneladas. É possível que o volume recue ainda mais a depender das chuvas, bem abaixo das estimativas iniciais para a safra brasileira, o que deve resultar em necessidade de importação de 6,20 milhões de toneladas e exportação de 1,30 milhão de toneladas limitada pelos efeitos das enchentes nos terminais do Rio Grande do Sul e pela janela apertada para vendas. A safra do Rio Grande do Sul deve ser de 3,85 milhões de toneladas, com exportação (para outros Estados e venda externa) de 2,10 milhões de toneladas. O Paraná deve colher 2,45 milhões de toneladas e adquirir 1,75 milhão de toneladas de outras origens. Mas, é preciso ver ainda como as chuvas vão afetar esses números. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.