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14/Oct/2024

Preços do trigo pressionados e comercialização lenta

O mercado de trigo está em compasso de espera pela finalização da colheita da safra nacional. Agentes estão retraídos dos negócios, acompanhando o desenvolvimento das lavouras e as condições climáticas. No Paraná, as incertezas são quanto à real quebra na produção. No Rio Grande do Sul, o mercado continua em expectativa pela entrada da safra e atento à qualidade do produto, que pode ser prejudicada pelas chuvas na fase final. A movimentação lenta do cereal é a tônica nas principais regiões produtoras.

No Rio Grande do Sul, o mercado continua estável. Em Santa Catarina, os moinhos estão de olho na safra do Rio Grand do Sul e no início da própria colheita. No Paraná, os negócios continuam muito disputados, com procura por trigo do Rio Grande do Sul e do Paraguai. A baixa liquidez pressiona o Indicador Cepea/Esalq do cereal. O trigo negociado no Paraná recuou 1,42% em um mês, para R$ 1.428,00 por tonelada, enquanto o preço médio do trigo do Rio Grande do Sul diminuiu 5,03%, para R$ 1.272,00 por tonelada.

No Paraná, poucos negócios são concretizados, com os agentes atentos às condições climáticas e à colheita. A quebra da safra em algumas regiões do Estado e as incertezas quanto à qualidade do cereal em áreas ainda não colhidas têm levado compradores e vendedores a adotarem posturas cautelosas. Na região de Ponta Grossa, os compradores estão indicando entre R$ 1.380,00 e R$ 1.450,00 por tonelada CIF, para entrega em novembro e pagamento em dezembro. Os vendedores indicam acima de R$ 1.500,00 por tonelada. Rodam negócios muito pontuais. Os moinhos também não estão com muito apetite. O produtor sabe da quebra da safra e não faz muita questão de vender.

No Rio Grande do Sul, a oferta de trigo novo ainda é escassa. Na região de Passo Fundo, o mercado também é lento, pois praticamente não há oferta. Os compradores indicam R$ 1.110,00 por tonelada CIF, para entrega em dezembro e pagamento em janeiro. Os produtores vão segurar, monitorar o clima e esperar a melhor oportunidade de venda. Os moinhos, por outro lado, sabem que o produtor vai precisar de espaço para a safra de soja e vai ter que vender. Não há indicações de preço para safra velha. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.