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09/Oct/2024

PR: projeção aponta quebra na safra de trigo 2024

Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral/Seab), a safra de trigo do Paraná em 2024 deve ter quebra de 30%, para 2,6 milhões de toneladas. Em relação à expectativa inicial, de 3,8 milhões de toneladas, a perda será de 32%. A quebra ocorreu mesmo com aumento de 19% da área plantada, para 1,15 milhão de hectares. Esta safra teve muitas variações em relação ao clima. Apesar de em abril o Estado ter tido chuvas regulares, quando o plantio se iniciou, embora menos do que se esperava, em maio houve regiões que tiveram déficit hídrico importante. Em junho, não choveu nada no Estado inteiro. Foram 45 dias sem chuvas e foi o período mais crítico para o trigo. Agosto continuou chovendo pouco e, quando se iniciou a colheita, já havia produtividades ruins, com regiões colhendo 1 mil quilos por hectare, quando a produtividade média é de 3 mil quilos por hectare.

Assim, ao longo dos meses e das adversidades climáticas, o Deral foi reduzindo suas projeções de colheita, até chegar à quebra atual, de 30%, ante 2023. Mesmo em áreas nas quais se esperava que a produtividade iria melhorar, não houve resposta adequada, com a alta temperatura e seca, que desfavoreceram a cultura. Com esse cenário, o Paraná terá de importar trigo. O Estado está de olho na safra do Rio Grande do Sul e na de Minas Gerais. Além de buscar trigo no Paraguai, que é o tradicional parceiro comercial do Paraná. Mesmo com a quebra de safra, os preços não reagiram na proporção das perdas. Assim, grande parte dos produtores deve ter prejuízo ou empatar custos, e poucos terão uma boa remuneração. Com um cenário desanimador da atual safra, o que vai ditar a expansão ou não da área em 2025 serão os preços.

No Paraná, a área de milho 2ª safra tem perdido ímpeto por causa do ataque intenso da cigarrinha-do-milho e das doenças que acompanham esta praga. Com problemas recorrentes com a cigarrinha, as áreas favoráveis ao milho perdem a pouca vantagem que têm em relação ao trigo. Então, são áreas que poderão receber o cereal de inverno. Há oito safras, o Paraná não tem uma colheita plena de trigo. A safra passada, embora tenha sido produtiva, não teve a qualidade esperada. Diante disso, a área plantada tem se estabilizado entre 1 milhão e 1,1 milhão de hectares. Somente quando há um gatilho muito bom de preço o produtor se anima a ampliar a área. No ano passado, por exemplo, ele até tentou, mas aí não havia sementes disponíveis por causa da forte quebra de produção no ano anterior. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.