08/Oct/2024

A consultoria StoneX reduziu sua estimativa para a safra de trigo 2024 do Brasil para 7,89 milhões de toneladas, 3% ou 200 mil toneladas menos do que a previsão de setembro. A queda está relacionada a condições climáticas adversas, com temperaturas elevadas e escassez de chuvas nas áreas produtoras. Houve redução nas produtividades médias em Mato Grosso do Sul, Goiás e na região norte do Paraná. Áreas irrigadas foram menos afetadas, mas ainda assim apresentaram produtividade inferior à do ano anterior. A exceção foi Minas Gerais, onde a irrigação conseguiu mitigar os efeitos da seca severa.

Na região sul do Paraná, a redução da produtividade é atribuída aos efeitos das geadas. No Rio Grande do Sul, estima-se que algumas tempestades tenham provocado danos localizados, cujos impactos poderão ser avaliados com maior precisão futuramente. Com a menor produção, o Brasil deve aumentar as importações para atender à demanda interna, que foi estimada em 12,40 milhões de toneladas, 100 mil toneladas menos do que o previsto no mês passado, mas 700 mil toneladas a mais na comparação anual. A previsão é de importar 6,59 milhões de toneladas, 15,6% mais do que na temporada passada e 0,5% mais do que a estimativa de setembro.

A previsão de exportação é de 2,15 milhões de toneladas, queda anual de 22,9%. A previsão de consumo doméstico foi reduzida em 100 mil toneladas, para 12,403 milhões de toneladas, sendo 11,6 milhões de toneladas para moagem. A estimativa de estoque final de trigo caiu 17,6% ante setembro, para 340,1 mil toneladas. É 18,5% menos do que no ano-safra anterior. A oferta total de trigo no Brasil caiu para 14,89 milhões de toneladas, enquanto o uso total foi reduzido para 14,55 milhões de toneladas, quedas de 5,1% e 6,7%, respectivamente, em relação ao ano anterior. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.