07/Oct/2024
A Câmara de Comércio Exterior (Camex) deve manter a cota adicional de 250 mil toneladas de trigo isento de imposto de importação até o fim do ano. Fontes do governo afirmam que, mesmo com a pressão do setor produtivo, a Camex tende a não rever a sua decisão. A cota extra para importação de trigo isenta da Tarifa Externa Comum do Mercosul (TEC) foi aprovada pela Camex em 19 de setembro e entrou em vigor em 25 de setembro, com validade até 31 de dezembro deste ano. Essas 250 mil toneladas extras poderão entrar no País sem a aplicação da TEC de 9% até 31 de dezembro.
A cota adicional foi pedida em junho pela Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), ocasião na qual solicitou volume extra de 500 mil toneladas. A indústria alega maior necessidade de compras externas do cereal após a frustração da safra passada. Na última semana, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) pediu a reavaliação da cota em ofício ao Ministério da Agricultura e ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), ao qual a Camex está vinculada. A CNA alega que há impactos da medida aos produtores nacionais com pressão aos preços pagos ao produtor e efeitos em meio à safra nacional.
A CNA afirma também que existe a cota já em vigência de 750 mil toneladas anuais sem incidência da TEC para importação de trigo de países de fora do Mercosul que atende a demanda da indústria de trigo fora do bloco. Fontes do governo argumentam que o tempo, de 3 meses de vigência, da cota extra evita eventual impacto ao setor produtivo nacional. Parte desse trigo já estava comprado pelos moinhos e chegaria de qualquer forma no País. A próxima reunião do Comitê Executivo de Gestão da Camex (Gecex) está prevista para 17 de outubro. O tema não está na pauta do colegiado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.