26/Sep/2024
Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Milho e Sorgo (Abramilho), o Brasil pretende exportar sorgo para a China. No mês que vem, uma missão do Ministério da Agricultura deve ir ao país asiático para tratar deste e de outros assuntos. O desenvolvimento de um protocolo de exportação do cereal está em fase final. A expectativa é que o documento seja concluído até novembro, coincidindo com a visita do presidente chinês Xi Jinping ao Brasil. Uma etapa sanitária ainda será realizada, com visitas de delegação chineses ao campo para avaliação das condições das plantas.
A expansão do sorgo ainda é tímida no Brasil e, por isso, a abertura de novos mercados internacionais é uma prioridade da entidade. A Abramilho trabalha para aumentar a demanda do sorgo, pois assim a tendência é que o preço aumente e a cultura seja, também, atrativa ao produtor. O Brasil tem avançado no uso industrial do sorgo, especialmente com o aumento do número de usinas de etanol que utilizam essa cultura. Assim como o milho, o sorgo também pode ser usado para a produção de DDG (grãos secos de destilaria), um subproduto utilizado na alimentação animal.
O sorgo é mais resistente e menos exigente em termos de manejo, o que pode representar uma alternativa viável para os agricultores. Com a abertura de novos mercados, o sorgo pode se tornar uma opção mais atrativa para o plantio. Embora o Brasil tenha capacidade de competir com os maiores produtores globais, como os Estados Unidos, que produzem cerca de 10 milhões de toneladas de sorgo por ano, a produção brasileira ainda é de cerca de 5 milhões de toneladas. Os estados de Minas Gerais e Goiás são os maiores produtores de sorgo no Brasil, mas há muito espaço para crescimento, principalmente em Mato Grosso. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.