09/Sep/2024

A StoneX revisou para baixo sua estimativa de safra de trigo de 2024 no Brasil, para 8,09 milhões de toneladas, ou 4,1% menos ante a previsão de agosto. A queda está relacionada a condições climáticas adversas, como a seca prolongada em várias regiões, que prejudicaram o desenvolvimento das lavouras. O Paraná, maior produtor de trigo do Brasil, registrou as maiores perdas, agravadas por frentes frias em agosto. Além disso, outros Estados, como Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais, também sofreram revisões negativas na produção.

No Rio Grande do Sul, as chuvas em setembro geram preocupação quanto à colheita. Com a menor produção, o Brasil deve aumentar as importações para atender à demanda interna, estimada em 12,5 milhões de toneladas. As importações já subiram 15% em relação ao ano anterior, alcançando 6,56 milhões de toneladas. Ao mesmo tempo, as exportações foram ajustadas para 2,15 milhões de toneladas, com alta de 22,2% em relação ao mês anterior, refletindo a maior demanda internacional pelo cereal.

O consumo doméstico, principalmente na moagem, também foi revisado para baixo, agora em 11,7 milhões de toneladas. Isso resultou em uma elevação dos estoques finais de trigo, que subiram 37,4% em relação ao mês anterior, chegando a 412,8 mil toneladas. A oferta total de trigo no Brasil caiu para 15,07 milhões de toneladas, enquanto o uso total foi reduzido para 14,65 milhões de toneladas, uma queda de 6% em comparação ao ano anterior. Mesmo com o ajuste negativo na produção, o aumento das importações e as exportações em alta ajudam a manter o mercado relativamente estável. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.