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26/Aug/2024

Preços do trigo estáveis com a proximidade da safra

A comercialização de trigo patina no mercado interno, com agentes esperando a entrada da nova safra do cereal. Enquanto a colheita avança lentamente no Paraná e ainda não se iniciou no Rio Grande do Sul, lotes giram apenas da mão para boca. As condições climáticas e seus impactos no desenvolvimento do cultivo seguem no centro das atenções de produtores e moinhos. No Rio Grande do Sul, a previsão de frio severo e geada pode ser benéfica para o controle de doenças fúngicas. Já o risco de ventos fortes e tempestades pode acarretar perdas em áreas mais desenvolvidas. A previsão de colheita entre 3,6 milhões e 4 milhões de toneladas ainda permanece. Desse volume estimado, apenas 4% foram comercializados. Na região, negócios pontuais para entrega futura giram a R$ 1.200 por tonelada CIF moinho no interior, com entrega até 10 de outubro. Para exportação, os valores pagos sobem para R$ 1.270 por tonelada CIF Porto de Rio Grande sobre rodas com pagamento e entrega para dezembro. No spot, a comercialização também é lenta com poucos lotes remanescentes da temporada passada.

Os valores variam conforme a qualidade do cereal. Para trigo da safra 2023 com PH 77, as ofertas oscilam, em média, em torno de R$ 1.500 por tonelada FOB interior, enquanto para cereal da safra 2023 com mesmo PH as cotações caem para R$ 1.350 por tonelada FOB interior com 1.500 ppb de desoxinivalenol (DON). Cereal da última temporada com PH 75 ou 76 é cotado a R$ 1.300 por tonelada FOB interior, com 1.500 de DON. Na região de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, com a movimentação escassa, as indicações do mercado spot de trigo se mantêm em R$ 1.350 por tonelada FOB para o cereal tipo pão, com embarque imediato e pagamento em 30 dias. Os produtores estão pedindo de R$ 1.450 a R$ 1.500 por tonelada para o cereal com PH de 76 a 78 e de R$ 1.950 a R$ 2.100 por tonelada para o grão do tipo branqueador, com PH acima de 78 a 80. O mercado está muito pontual, com pouquíssimas negociações, à espera da nova safra. No Paraná, triticultores calculam os danos das geadas registradas na primeira quinzena deste mês e observam a piora nas condições da cultura.

De acordo com o Departamento de Economia Rural do Estado (Deral), 19% das lavouras estão em situação ruim, 25% em condição média e 56% apresentam boa situação. Em outras regiões, a estiagem no início do desenvolvimento das lavouras afetou a produtividade da safra, o que está sendo reportado na colheita. Os números de safra a serem atualizados no próximo dia 29 devem exibir um panorama mais claro a respeito das perdas por estiagem, porém ainda devem trazer de maneira sutil os problemas por geadas. Uma nova frente fria deve entrar no Estado, deixando novamente em alerta a triticultura paranaense quanto a eventuais estragos. No norte do Estado, as indústrias propõem entre R$ 1.450 e R$ 1.500 por tonelada CIF, enquanto os vendedores pediam entre R$ 1.550 e R$ 1.600 por tonelada FOB. As negociações ainda envolvem volumes pequenos, principalmente provenientes da colheita que está começando. Rodam alguns volumes da safra nova por R$ 1.550 por tonelada. Os negócios ainda são pontuais, mas indicam que o mercado está se movimentando. Com a colheita avançando, é comum a mesa de negociação ficar mais ativa. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.