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05/Aug/2024

Preço do trigo estável com baixa liquidez no mercado

Os preços do trigo estão estáveis no mercado interno e com baixo volume comercializado do cereal. Os produtores têm preferido negociar soja, por causa da recente alta do dólar ante o Real, e moinhos, por seu lado, seguem relativamente abastecidos com produto do Mercosul. Uma mudança na demanda pelo trigo brasileiro pode justamente vir daí: com a alta do dólar começa a ser menos atrativo importar, o que pode fazer a indústria se voltar ao grão nacional. Entretanto, a lentidão na compra e venda prevalece, com divergência quanto aos preços entre a ponta compradora e vendedora. A expectativa sobre a safra nova de trigo, referente ao ciclo 2024, cujo plantio está praticamente finalizado na Região Sul, também retarda acordos.

No Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo, os preços no spot seguem estáveis, sem registro de negócios. Os compradores indicam R$ 1.500,00 por tonelada FOB para o trigo com PH 78 e entre R$ 1.300,00 e R$ 1.320,00 por tonelada FOB para o cereal com PH 76, em ambos os casos para a retirada imediata e pagamento à vista. Os vendedores, no entanto, indicam entre R$ 1.850,00 e R$ 1.950,00 por tonelada e entre R$ 1.400,00 a R$ 1.500,00 por tonelada, respectivamente. Os produtores têm preferido vender soja no momento, atualmente em patamares de preço mais favoráveis. Não há indicações de compradores e de vendedores para a próxima safra. A Emater-RS informou que o clima ajudou e que 99% da área de trigo do Estado já estava semeada para a safra 2024. A expectativa é de que os agentes de mercado esperem a colheita, entre novembro e dezembro, para propor preços. Ainda tem bastante trigo para ser comercializado, mas não existe comprador pagando o preço que vendedores querem.

No Paraná, na região dos Campos Gerais, as indicações no mercado spot de trigo se mantêm em R$ 1.650,00 por tonelada CIF moinho, para entrega em agosto e pagamento em meados de setembro. Não há registro de negócios, com vendedores indicando R$ 1.700,00 por tonelada. Além da diferença nas indicações, os produtores aguardam a colheita da nova safra, para a qual há expectativa de perdas em produtividade, mas não em qualidade. Os consumidores estão abastecidos e ainda recebem compras feitas com Argentina e Paraguai. Caso o cenário de um dólar sustentado se mantenha, os preços do cereal podem subir. Para a próxima safra, os compradores indicam entre R$ 1.350,00 e R$ 1.400,00 por tonelada CIF moinho, para entrega em setembro e pagamento em outubro. Os produtores indicam entre R$ 1.500,00 e R$ 1.600,00 por tonelada. Além de especulações em torno de quebras na safra nacional, o mercado também acompanha como virá a produção argentina. Pode ser que falte chuva na Argentina. O La Niña pode prejudicar a safra. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.