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23/Jul/2024

Preços do trigo estão firmes no mercado doméstico

O mercado brasileiro de trigo continua registrando demanda crescente pelo produto de qualidade superior, mas os estoques estão limitados, e há preocupações com as condições climáticas para a temporada em andamento. Agentes também seguem atentos às compras externas, assim como aos baixos índices pluviométricos nas últimas semanas. No campo, as atividades estão praticamente finalizadas no Paraná, com 99% do total já semeado. Das lavouras implantadas no estado, o Departamento de Economia Rural (Deral/Seab) aponta que 66% das áreas estão em boa situação, enquanto 23% são consideradas de qualidade média e 11% enfrentam condições ruins. No Rio Grande do Sul, segundo a Emater-RS, a semeadura alcançou 85% do previsto para este ano. Os trabalhos de campo estão atrasados em relação ao observado na temporada passada. Nos últimos sete dias, no mercado de balcão (valor pago ao produtor), os preços registram alta de 1,03% no Rio Grande do Sul, mas estabilidade no Paraná e em Santa Catarina.

No mercado de lotes (negociações entre empresas), as variações são negativas em 0,43% no Rio Grande do Sul e em 0,17% no Paraná, com estabilidade em Santa Catarina, mas elevação de 1,05% em São Paulo. As cotações internacionais estão oscilando nos últimos dias. De um lado, a forte competitividade do trigo russo e o aumento da oferta global, diante da boa performance de colheita no Hemisfério Norte, pressionam as cotações. De outro, as condições climáticas desfavoráveis na França, que afetaram a produção local, impulsionam os valores. Notícias indicam que a parcela da safra francesa de trigo soft em condição boa ou excelente caiu de 57% para 52%, em comparação com os 80% verificados há um ano. Na Bolsa de Chicago, o primeiro vencimento (Setembro/2024) do trigo Soft Red Winter registra alta de 0,9% nos últimos sete dias, a US$ 5,42 por bushel (US$ 199,43 por tonelada). Na Bolsa de Kansas, o mesmo vencimento do trigo Hard Red Winter tem recuo de 5,6% no mesmo período, a US$ 5,70 por bushel (US$ 209,44 por tonelada).

Na Argentina, de acordo com dados divulgados pela Bolsa de Cereais de Buenos Aires no dia 18 de julho, a semeadura de trigo avançou para 95% dos 6,3 milhões de hectares projetados para a temporada 2024/2025 no país. Em relação aos preços, os valores FOB do Ministério da Agroindústria apresentam baixa de 0,4% nos últimos sete dias, a US$ 271,00 por tonelada. A média de julho está em US$ 272,86 por tonelada, 5,52% menor que a de junho/2024 (US$ 288,81 por tonelada). Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), até a segunda semana de julho (10 dias úteis), as importações brasileiras de trigo somaram 230,18 mil toneladas, volume 45% inferior ao registrado nos 21 dias úteis de julho/2023 (417,75 mil toneladas). O preço médio do cereal importado foi de US$ 249,10 por tonelada FOB origem, queda de 13,8% no comparativo anual. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.