29/Apr/2024

As negociações de trigo no mercado doméstico seguem de forma pontual, já que os moinhos, de maneira geral, estão abastecidos com trigo importado do Mercosul. A indústria segue atenta à ampla oferta de trigo da Argentina, que tem preços mais competitivos do que o cereal brasileiro, o que deixa compradores relutantes em pagar valores mais altos pelo produto nacional. Apesar da quebra de safra nacional em 2023 e da consequente baixa oferta de trigo de qualidade para panificação, as cotações domésticas não apresentam oscilações expressivas desde novembro/2023. Nesse cenário, as negociações seguem ocorrendo de forma pontual.

No Rio Grande do Sul, na região de Santa Rosa, há registro de negócios com trigo de qualidade superior a R$ 1.350,00 por tonelada FOB. Em geral, os compradores tem adquirido por necessidade pontual. Se aparece uma oportunidade com trigo de boa qualidade, ele desembolsa. Há relatos de negócio a R$ 2.000,00 por tonelada para o trigo branqueador (excelente para a produção de farinha) na região. Os moinhos estão bem abastecidos no Estado, devido ao grande volume importado no inicio do ano. Esse movimento fez com que a comercialização de trigo local ficasse de lado e muitos lotes têm sido direcionados para o Paraná, que teve sérios problemas com qualidade. A tendência é de que o trigo do Rio Grande do Sul entre em um blend com trigo de melhor qualidade.

No Paraná, na região de Ponta Grossa, há registro de negócios a R$ 1.350,00 por tonelada FOB para os moinhos. A indicação de compra está entre R$ 1.350,00 e R$ 1.400,00 por tonelada no CIF, enquanto os vendedores indicam R$ 1.350,00 por tonelada FOB. Assim, a comercialização não avança. Os compradores locais também estão abastecidos, com bons volumes para um ou dois meses. O cereal armazenado tem qualidade. No Estado, quem guardou trigo guardou o bom, tipo 1. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.