17/Apr/2024

A M. Dias Branco, líder nacional no mercado de massas e biscoitos, vê demanda sustentada para o consumo de produtos derivados de trigo neste ano, em linha com o reportado pela empresa no fim de fevereiro. O mercado é visto ainda flat em relação à última previsão, mas melhor que o ano anterior. Não há nenhum movimento nem para cima e nem para baixo. Se trata de categorias já consolidadas, com penetração de 98% a 99% nos lares brasileiros, e não de produtos em desenvolvimento com espaço para avanço significativo de consumo. Não se nota no momento nenhum acelerador ou detrator de consumo. A queda do desemprego e aumento do número de pessoas assalariadas no mercado formal de trabalho aumenta a renda média da população e compensa, em certa medida, a aceleração da inflação de alimentos. Em 2023, a M. Dias Branco comercializou 1,787 milhão de toneladas de produtos, aumento de 4% ante 2022, com preço médio 2,9% superior.

A companhia obteve receita e lucro líquido recordes, de R$ 888,7 milhões no ano, aumento de 84,5%, e de R$ 10,840 bilhões, alta anual de 7%, respectivamente. A companhia mantém a estratégia de expansão mais acelerada nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, bloco chamado pela companhia de região de ataque, onde há maior consumo per capita. A estratégia é manter um equilíbrio entre os mercados das Regiões Sul e Sudeste e Norte e Nordeste. Hoje, a empresa ainda possui concentração das vendas nas Regiões Norte e Nordeste, chamada de região de defesa. Em relação aos canais de venda, o atacarejo cresce ano a ano com maior número de marcas atuando neste segmento e com a expansão das lojas físicas. Isso faz com que haja concentração do consumo no atacarejo pela abertura de lojas e pelo nível de sortimento buscado pelos players. Neste cenário, a empresa vem ampliando a participação do canal nas suas vendas e desenvolveu três marcas exclusivas para comercialização em atacarejos.

É uma forma até de proteger o mercado para novos entrantes não ocuparem essa fatia e conseguimos combinar volume e atuação em todas as faixas. Quanto aos preços dos produtos, a M. Dias segue monitorando eventual necessidade de reajuste dos valores ao consumidor final diante da forte apreciação do dólar ante o Real nos últimos dias, que aumenta o custo de aquisição das commodities importadas, como o trigo. Na composição do preço, é preciso olhar o mercado, indicador de preço e custo, atrelado à variação cambial, ao nível de inventário de matéria-prima e à tendência de preço da matéria-prima. Se houver movimento que pode afetar e empresa, há capacidade de agir rapidamente por meio de alavancas como revisão via tabela de preços ou diminuição das atividades promocionais. A M. Dias agirá rapidamente dentro da necessidade do negócio e avaliando o impacto desses eventos uma referência à instabilidade do dólar observada desde sexta-feira (12/04). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.