17/Apr/2024
A Barilla, fabricante italiana de massas, projeta crescimento de 4% a 5% nas vendas neste ano no Brasil, enquanto o mercado nacional deve ficar praticamente estável em volume em comparação com o ano passado. O desempenho superior às concorrentes é puxado pelo aumento da comercialização das massas com ovos, linha específica para o País, e pelo avanço da marca no canal cash and carry (conhecido como atacarejo). Até o momento, a empresa está com resultado 7% acima do ano passado, que foi recorde. Esse pico visto até agora deve estabilizar, mas a expectativa é terminar o ano ainda com vendas superiores à marca histórica de 2023.
O incremento sequencial nas vendas no País é atribuído a três fatores principais. O primeiro é a mudança de hábitos decorrente da pandemia de Covid-19, com os consumidores passando a preparar as refeições em casa com maior frequência. A Barilla cresceu na pandemia e isso continuou no pós-pandemia. O segundo fator é o consumo impulsionado de macarrão à base de ovos. As vendas da grano duro importada ficaram estáveis em 2023 e devem crescer levemente neste ano, mas a massa feita aqui no Brasil está avançando muito. Outra mudança que vem contribuindo para impulsionar as vendas é a preferência do consumidor pelo atacarejo ante ao supermercado. O cash and carry é um canal que privilegia esse tipo de produto. É uma mudança muito positiva para os produtos industrializados de trigo.
Do lado da oferta, há estabilidade nas cotações da matéria-prima até o momento, mas possibilidade de maior pressão de custos no segundo semestre, levando a provável reajuste de preço dos produtos ao consumidor. No ano passado e neste ano, até o momento, nenhuma empresa de derivados de trigo apresentou nova tabela de preços, mas estão no limite com pressão de dois anos acumulados de inflação local, câmbio forte ante Real e em compasso de espera para avaliar se será necessário aumento de preço ou não no segundo semestre. Havia certa estabilidade com dólar se mantendo em torno de R$ 5,00. Agora, com a escalada do conflito no Oriente Médio, a divisa oscila em torno de R$ 5,18 a R$ 5,21. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.