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15/Apr/2024

Preços do trigo estáveis e comercialização travada

O mercado interno de trigo segue a passos lentos. Apenas negócios pontuais são reportados nas principais regiões produtoras. Em algumas regiões, não há sequer indicação de compra em virtude de os moinhos estarem abastecidos pelo menos até o próximo mês. Do lado da oferta, os produtores estão voltados ao escoamento da safra de verão (1ª safra 2023/2024) e com poucos lotes remanescentes da temporada passada. Diante da baixa liquidez, os preços permanecem praticamente inalterados. No Paraná, na região dos Campos Gerais, as indicações se mantêm estáveis no mercado spot do trigo, sem relatos de negócios. Os compradores indicam R$ 1.300,00 por tonelada CIF para o cereal tipo 1, para entrega em abril e pagamento em maio.

Os vendedores, no entanto, querem os mesmos R$ 1.300,00 por tonelada, mas na modalidade FOB. A falta de negócios é atribuída à divergências quanto aos preços entre compradores e vendedores e à colheita da soja, que impede que produtores movimentem o cereal de inverno em virtude da falta de logística para tal. Para que haja alguma movimentação, os compradores terão que elevar as indicações. Quem guardou trigo até agora, guardou o bom. Há falta de grão de qualidade superior na região. O trigo argentino continua sendo uma opção, mesmo após recentes altas de preço, impulsionadas pelo câmbio. No Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo, não há sequer indicação de preços no mercado spot, devido à falta de oferta. O cenário atual de falta de oferta é muito diferente do usual. A comercialização no Estado está parada, com moinhos estocados até maio.

No campo, os produtores já começam a planejar a próxima safra. A perspectiva, reiterada pelos números da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), é de redução na área cultivada com trigo na Região Sul e crescimento na semeadura nas Regiões Centro-Oeste e Sudeste. Os modelos estatísticos indicam até aqui a recuperação da produtividade em relação à temporada passada, na qual o trigo sofreu com excesso de calor e de falta de chuvas, apesar da redução de área. A previsão da Conab é de uma produção de 9,73 milhões de toneladas, expressivo aumento de 20,2% em comparação com o ano passado (8,10 milhões de toneladas), em uma área 4,7% menor, a 3,310 milhões de hectares. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.