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08/Apr/2024

Preços do trigo se mantêm praticamente estáveis

A negociação de trigo no mercado interno evolui pouco, com parte dos moinhos já abastecida e produtores voltados ao escoamento da safra de verão (1ª safra 2023/2024). A baixa disponibilidade de cereal de qualidade superior também limita o fechamento de contratos. Com isso, os preços se mantêm praticamente estáveis nas principais praças produtoras. Agentes relatam que ainda não há pressão da entressafra sobre os preços em virtude da entrada de trigo importado e das compras antecipadas feitas pela indústria moageira. No Paraná, na região dos Campos Gerais, há relatos de acordos pontuais para o mercado interno a R$ 1.300,00 por tonelada CIF, para entrega em abril e pagamento na segunda quinzena de maio, valor estável ante a semana anterior. Mas, no geral, os vendedores pedem R$ 1.300,00 por tonelada no FOB. Além da queda de braço em relação aos valores sugeridos, muitos agricultores estão expedindo soja e milho no momento, de forma que não conseguem voltar as atenções para o cereal de inverno agora.

Os preços do grão argentino continuam atrativos para os moinhos locais, apesar da leve alta recente, impulsionada pelo aumento na Bolsa de Chicago e pelas tensões na região do Mar Negro. Com isso, os compradores indicam entre R$ 1.300,00 e R$ 1.320,00 por tonelada CIF moinho em Curitiba para grão argentino, com entrega em abril e pagamento em maio. A Argentina tem trigo e precisa desovar. Diante desse cenário, muitos moinhos optam por mesclar o cereal brasileiro com o do país vizinho, conforme a necessidade, volume e logística. No Rio Grande do Sul o mercado de trigo segue com poucos negócios, com apenas vendas pontuais sendo realizadas. Há registro de negócio pontual a R$ 1.100,00 por tonelada FOB na região de Ijuí. No momento os produtores estão com o foco no segundo semestre. Os moinhos já deixaram de comprar trigo do Paraguai e da Argentina e agora estão bem estocados. Talvez eles voltem a comprar em julho. Essa será a tendência durante a entressafra.

Quanto à safra 2024, no Paraná, apesar de o zoneamento agrícola de risco climático permitir o plantio da próxima safra em algumas regiões, a semeadura ainda não foi iniciada, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral/Seab). A intensificação dos tratores a campo ainda deve demorar algumas semanas para acontecer. Os prognósticos de clima mostram que ao longo do desenvolvimento do trigo em 2024 deve acontecer a transição de El Niño para La Niña, o que, em um primeiro momento, leva a maiores riscos de seca, mas menores riscos de chuvas na colheita no Estado. As cotações do cereal estão 29% abaixo do reportado há um ano, o que deve desestimular o investimento dos produtores na cultura. No Rio Grande do Sul, os produtores ainda estão em fase de definição do tamanho das lavouras. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.