27/Feb/2024
A fabricante de alimentos M. Dias Branco apresentou lucro líquido de R$ 341,9 milhões no quarto trimestre do ano passado. O resultado, recorde para o período, é 2.106% maior na comparação com igual período de 2022, quando a empresa reportou lucro líquido de R$ 15,5 milhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) atingiu R$ 442,4 milhões, valor recorde no trimestre, avanço de 264,7% frente aos R$ 121,3 milhões do quarto trimestre do ano anterior. A margem Ebitda ficou em 16%, ante 4,4% de um ano antes, alta de 11,6%. A alavancagem da empresa (relação entre dívida líquida e Ebitda) ficou em 0,1 vez, ante 1,8 vez negativa reportada em igual período de 2022. A receita líquida avançou 0,2% na mesma base comparativa, alcançando R$ 2,771 bilhões, ante R$ 2,765 bilhões do quarto trimestre de 2022. O aumento de 8,7% no volume comercializado compensou a queda de 7,8% no preço médio dos produtos na comparação anual do período.
A empresa destacou a recuperação das vendas em volume de biscoitos, massas, farinha e farelo de trigo no último trimestre do ano. Entre as categorias, o maior incremento na receita líquida veio de biscoitos, de 5,4%. Observou-se um contexto de demanda crescente em termos de valor e de unidades vendidas no 4º trimestre de 2023. As Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, chamada pela companhia de "região de ataque", apresentaram recuo de 1% na receita líquida na mesma base comparativa, enquanto a "região de defesa", formada pelas Regiões Norte e Nordeste, obteve avanço de 1%. Do montante total da receita líquida, R$ 44,3 milhões vieram da receita da empresa no exterior, o que inclui exportações e a operação no Uruguai, queda de 5,7% ante o quarto trimestre do ano anterior. Sobre a alavancagem, a M. Dias afirmou que foi o quarto trimestre consecutivo de redução do indicador. Segundo a empresa, a redução deve-se à melhora sequencial dos resultados e à elevada geração de caixa.
Quanto ao avanço do Ebitda e à margem Ebitda, a companhia atribuiu o crescimento dos indicadores ao aumento dos volumes vendidos e ao controle de despesas. Já o lucro líquido 22 vezes maior deve-se, segundo a M. Dias, à expansão do Ebitda e à melhora do resultado financeiro. A M. Dias Branco registrou resultados recordes no acumulado de 2023. O lucro líquido de R$ 888,7 milhões no ano é 84,5% maior na comparação ante 2022, quando a empresa reportou lucro líquido de R$ 481,8 milhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) atingiu R$ 1,434 bilhão, também recorde, avanço de 59,2% frente aos R$ 900,4 milhões do ano anterior. A margem Ebitda ficou em 13,2%, ante 8,9% de um ano antes, alta de 4,3 pontos porcentuais. A alavancagem da empresa (relação entre dívida líquida e Ebitda) ficou em 0,1 vez, ante 1,8 vez negativa reportada ao fim de 2022. A receita líquida avançou 7% na comparação anual, alcançando R$ 10,840 bilhões em 2023, ante R$ 10,129 bilhões de 2022.
O resultado é atribuído pela empresa a estratégias internas e ao aumento de 4% no volume vendido, para 1,787 milhão de toneladas, e de 2,9% no preço médio dos produtos comercializados. Observou-se um contexto de demanda crescente em termos de valor e unidades vendidas no ano. Tanto as Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste (região de ataque), quanto a região de defesa, formada pelas Regiões Norte e Nordeste, mostraram avanço na receita líquida em 2023 ante 2022, de 8,3% e 6,2%. Do montante total da receita líquida, R$ 184,3 milhões vieram da receita da empresa no exterior, o que inclui exportações e a operação no Uruguai, alta de 13,7% ante o ano anterior. Em contrapartida, a participação de mercado da companhia em biscoitos e massas recuou em 2023 contra 2022, para, respectivamente, 32% e 31%, retração de 0,2% e 2,1% na comparação anual. Apesar do recuo, a M. Dias Branco manteve a liderança nacional em biscoitos, massas, granolas e cookies saudáveis.
No ano, a empresa investiu R$ 366,7 milhões, 30,9% superior a 2022, sobretudo para máquinas e equipamentos. A fabricante registrou avanço de 8,7% no volume de vendas de seus produtos no quarto trimestre de 2023 na comparação com igual período do ano anterior. O volume vendido pela companhia passou de 441,3 mil toneladas para 479,5 mil toneladas. No segmento de biscoitos, o volume comercializado pela empresa avançou 5,6%, de 127,6 mil toneladas para 134,8 mil toneladas. As vendas de massas cresceram 5,3%, de 92,7 mil toneladas para 97,6 mil toneladas, enquanto as vendas de farinha e farelo avançaram 14,9%, para 219,3 mil toneladas. Em relação ao trimestre anterior, as vendas totais da companhia subiram 6,4%. A companhia atribuiu o aumento nos volumes vendidos às estratégias adotadas pela empresa e à normalização dos níveis de estoques nos clientes. Apesar do maior volume vendido, a M. Dias diminuiu sua participação de mercado de biscoitos e de massas na comparação entre o quarto trimestre de 2023 e o de 2022.
Em massas, sua participação em volume decresceu 2,9%, para 28,2%. No segmento de biscoitos, a participação recuou 1,2 ponto porcentual, para 31,6%. Em farinha de trigo, a participação de mercado da M. Dias em volume vendido saiu de 10,8% no quarto trimestre de 2022 para 10,3% no quarto trimestre do ano passado, queda de 0,5%. Em valor, houve retração anual de participação de mercado em biscoitos, massas e farinha. A M. Dias manteve a liderança no mercado nacional em massas, biscoitos, granolas e cookies saudáveis no período. O preço médio de todas as categorias caiu 7,8% na comparação anual dos trimestres, para R$ 5,78 por Kg, acompanhando a tendência de queda das matérias-primas. Em biscoitos, o recuo no preço médio dos produtos foi de 0,3%. Em massas, de 0,6%. Em farinha e farelo, houve queda de 20,9%, e em margarinas e gorduras, o preço médio recuou 10,2%. O preço médio de outras linhas de produtos (bolos, snacks, mistura para bolo, torradas, produtos saudáveis, molhos e temperos) cedeu 4,6% entre o quarto trimestre de 2023 e o de 2022.
Acompanhando a alta no volume de vendas, a produção da M. Dias passou de 618,1 mil toneladas no quarto trimestre de 2022 para 663,3 mil toneladas processadas no quarto trimestre de 2023. Já a capacidade total de produção ficou estável em 1,090 milhão de toneladas. O nível de utilização da capacidade total de produção aumentou 4,1 pontos porcentuais, de 56,7% para 60,8%. Ainda como fatos relevantes do quarto trimestre do ano passado, a companhia destacou a manutenção da "elevada" verticalização dos dois principais insumos: farinha de trigo e gordura vegetal em, respectivamente, 99,7% e 100%. No último trimestre, a empresa investiu R$ 143,3 milhões, 52,6% acima do valor investido em igual intervalo de 2022. Do montante, 74,5% foram destinados para manutenção e 25,5% direcionados para expansão. Os principais aportes foram investimentos em máquinas e equipamentos e licenças de uso de software. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.