09/Feb/2024

A consultoria StoneX cortou em 2% a sua estimativa para a safra brasileira de trigo 2023/2024, já colhida, de 8,25 milhões de toneladas projetadas em janeiro para 8,09 milhões de toneladas. Com isso, a produção seria 27% menor do que a safra anterior, que alcançou 11,14 milhões de toneladas. A revisão deve-se a uma menor produção no Rio Grande do Sul, em virtude do excesso de chuvas que levou a uma queda de 5% na produtividade, de 1,95 tonelada por hectare na projeção anterior para 1,85 tonelada por hectare no Estado. Os produtores do Rio Grande do Sul estão exportando o produto de qualidade inferior de maneira acelerada, por causa dos impactos climáticos.

A velocidade do escoamento deve-se a um maior rendimento da soja do que o esperado, que pressiona produtores a escoarem o cereal antes das negociações da oleaginosa. O nível negociado do cereal está próximo de 1,7 milhão de toneladas. Do lado da demanda, o principal ajuste foi no consumo de ração, de 910 mil toneladas, redução de 14,2% ante o relatório anterior. De qualquer forma, este segmento ainda teria o maior crescimento anual no balanço de oferta e demanda, mais do que duplicando as compras para este fim.

Do lado da oferta, o estoque final teve a maior redução mensal, e teria também a maior baixa anual, dado que se esperam 104,5 mil toneladas, quando no ano anterior o nível estocado era de 555,3 mil toneladas. A diminuição seria de 4,6% em comparação com a projeção do mês anterior e de 81,2% comparada à última safra. No entanto, caso as exportações aquecidas sejam mantidas, esse número pode apresentar futuras revisões. Também é preciso acompanhar o mercado internacional, que registra oferta abundante e baixa nos preços do trigo russo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.