23/Jan/2024

Segundo a Bolsa de Comércio de Rosário, o trigo argentino pode voltar a ganhar espaço no mercado brasileiro na temporada atual, depois do recuo nas exportações do país vizinho em 2022/2023. Na safra passada, a produção local conseguiu cobrir quase toda a demanda, e as importações de trigo argentino pelo Brasil atingiram o menor volume desde a safra 2013/2014. Na temporada passada, ainda, a queda na produção e o aumento nos preços do cereal argentino levaram a Rússia a conquistar espaço no Brasil durante a segunda metade de 2023. Contudo, as cotações do trigo argentino atualmente apresentariam um atrativo significativo para o Brasil, em um contexto de demanda local robusta, oferta reduzida e qualidade comprometida.

As exportações argentinas de trigo, em geral, concentram-se na primeira metade de cada ano, mas para o Brasil, seu principal comprador, é possível observar um fluxo mais ou menos constante de embarques ao longo do ano, variando entre 300 mil e 500 mil toneladas mensais. A produção brasileira de trigo chegou a um recorde no ciclo passado, mas deve recuar 23% em 2023/2024, de acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Ainda assim, o volume ainda seria a segunda melhor colheita de trigo na história do Brasil. O recuo seria por causa da concentração da produção na Região Sul do País, onde o rendimento foi afetado pelas adversidades climáticas que atingiram o solo brasileiro, causando inundações e excesso de água nas regiões-chave para o cereal. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.