15/Jan/2024

O mercado interno de trigo segue com fraca movimentação. Os moinhos estão abastecidos até meados de fevereiro e as vendas de farinha também ocorrem da mão para boca devido ao menor consumo do período. Os vendedores estão concentrados na colheita da safra de verão (1ª safra 2023/2024) e no plantio do milho 2ª safra de 2024. Parte dos produtores segura lotes remanescentes na expectativa de aumento do preço do cereal na entressafra.

No Paraná, na região de Ponta Grossa, a negociação de trigo é pontual. Os moinhos indicam no mercado spot R$ 1.300,00 por tonelada CIF, para entrega em fevereiro e pagamento em março, para o cereal de alta qualidade. Os vendedores indicam entre R$ 1.350,00 e R$ 1.400,00 por tonelada FOB. É normal que a comercialização fique mais lenta no início do ano. Além de os compradores estarem abastecidos até fevereiro, a demanda deve crescer a partir de março, com o fim das férias escolares. Nessa época, as compras são pontuais. Com a baixa liquidez, o valor pago pelo cereal vem se mantendo estável na região.

No Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo, o mercado está parado. Os moinhos indicam R$ 1.150,00 por tonelada FOB, para embarque imediato e pagamento em 30 dias, para o cereal tipo pão com PH entre 75 e 76. No entanto, os vendedores indicam entre R$ 1.230,00 e R$ 1.240,00 por tonelada, nos mesmos prazos e condições. Para o cereal com qualidade para ração, as ofertas variam entre R$ 866,00 e R$ 870,00 por tonelada em prazos e condições idênticos e R$ 1.000,00 por tonelada CIF no Porto de Rio Grande, em prazos iguais, mas os produtores indicam R$ 1.000,00 por tonelada FOB. Apesar de o clima ter prejudicado a produção do cereal, ainda há bastante oferta. O que trava a negociação é o desacordo sobre preços entre compradores e vendedores. Nesse período é comum haver retração no volume de negócios, principalmente para a exportação, enquanto muitas indústrias estão fazendo manutenção. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.