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08/Jan/2024

Preços do trigo em alta com comercialização lenta

A comercialização interna de trigo anda a passos lentos neste início de ano. Moinhos estão retraídos, a maioria em férias coletivas e as fábricas em manutenção. O consumo, sazonalmente mais fraco neste período, contribui para o ritmo lento das vendas do cereal e de farinha. Produtores estão voltados ao desenvolvimento da safra de verão e segurando os lotes de trigo na expectativa de aumento de preço na entressafra. Mesmo com a baixa liquidez, o indicador de preços Cepea/Esalq acumula alta de 5,6% em uma semana para trigo do Rio Grande do Sul, em virtude da baixa disponibilidade do produto. No Estado rodam volumes pouco expressivos para o mercado interno. Na região de Cruz Alta, há indicações de R$ 900 por tonelada FOB, com embarque imediato e pagamento em fevereiro, de trigo com qualidade para ração.

No Porto de Rio Grande, as propostas são de R$ 1.020 a R$ 1.030 por tonelada CIF para exportação, com entrega imediata e pagamento em 15 de fevereiro. Em Ijuí, no noroeste do Estado, há ainda a opção de R$ 1.210 por tonelada FOB para o cereal de maior qualidade, com entrega imediata e pagamento à vista, podendo chegar a entre R$ 1.230 a 1.250 por tonelada nas mesmas condições para pagamento em 30 dias. O trigo de baixa qualidade tem rodado mais do que o de qualidade superior, que é negociado da mão para boca. No Paraná, há pouca oferta de trigo no mercado. Moinhos propõem R$ 1.250 a R$ 1.350 por tonelada FOB, em média, no oeste do Estado, com retirada em janeiro - valor estável ante a semana anterior. Mas os produtores pedem até R$ 1.500 por tonelada FOB nos mesmos prazos e, com isso, não saem acordos.

As fábricas estão recebendo trigo importado da Argentina por R$ 1.300 a R$ 1.350 por tonelada com qualidade para pão. Agora, as escolas estão de férias e as vendas gerais de farinha caem. Somente quem precisa de abastecimento imediato paga o pedido pelo cereal local. A valorização do dólar ante o Real desestimula novos contratos, com moinhos apenas recebendo embarques firmados anteriormente. O câmbio deve pesar sobre a necessidade de maior importação pela indústria moageira. A safra colhida em 2023 foi bastante prejudicada pelas chuvas e deve abastecer de forma mais limitada os moinhos, que deverão aumentar suas importações. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.