08/Jan/2024

O Itaú BBA avalia que a consolidação das perdas na safra nacional de trigo, com a finalização da colheita, fez os preços internos caminharem para uma paridade de importação. A oferta menor e qualidade restrita fizeram com que houvesse necessidade de elevar as compras no exterior. No Rio Grande do Sul, região mais impactada pelas chuvas, os preços ganharam força em dezembro, subindo 2,6% em relação ao mês anterior, cotados acima de R$ 1.200 a tonelada. A produção de trigo de 2023 está estimada em 8,1 milhões de toneladas, quebra de 20% ante o esperado inicialmente.

Cerca de 1/3 da oferta do trigo deverá ser direcionada para ração, em função da baixa qualidade do cereal, colhido com precipitações elevadas. No Brasil, mesmo neste momento de pós-colheita, os preços deverão continuar sustentados e em patamares elevados frente às cotações no início da safra, quando o cenário do cereal era folgado e com níveis de exportações elevados. A paridade de importação deverá continuar a reger os preços até o segundo semestre deste ano, quando a chegada da nova safra passa a nortear os preços internos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.