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11/Dec/2023

Ração: indústria tem que investir para utilizar trigo

O Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) tem trabalhado em parceria com a Embrapa Trigo e a Embrapa Suínos e Aves, além da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), para fomentar o cultivo de cereais de inverno que possam ser usados como ingredientes em ração para animais de produção. Cereais de inverno como trigo, triticale, aveia e outros não deveriam ser chamados de alternativos, e sim convencionais, pela sua utilidade na pecuária.

Mas, é necessário fomentar uma cadeia que forneça este tipo de grão com constância para produção de ração. No caso do trigo, mesmo com a quebra atual de safra no Rio Grande do Sul e no Paraná, fica difícil a indústria absorver o cereal de baixa qualidade, normalmente destinado à ração. Seria necessário fazer investimentos na indústria, para segregar esse trigo do milho, fazer outros armazéns, por exemplo. Teria de haver uma estrutura fabril mais complexa, pois não é possível usar trigo junto do milho na fábrica, e isso significa investimento.

Por isso, a indústria não pode contar, agora, com o trigo de baixa qualidade. Supondo que o produtor me forneça o cereal hoje, mas na safra que vem ele pode colher um trigo bom e vender 100% para os moinhos. O trigo é mais caro do que o milho para a indústria de ração. É uma alternativa, mas é mais caro e, além disso, para usar o trigo em ração é preciso adicionar um óleo, de soja, por exemplo, o que também representa custo adicional, e inviabiliza. Se caso faltar muito milho, a indústria se adaptaria. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.