27/Nov/2023

Lotes de trigo têm sido comercializados nas regiões produtoras, embora a qualidade deixe a desejar, por causa de doenças e problemas climáticos que afetaram as lavouras nesta safra, tanto no Paraná quanto no Rio Grande do Sul. Mesmo com baixo padrão, o produtor tem aceitado negociar pelos preços propostos tanto por moinhos quanto por indústria de ração para não ficar com um cereal mais barato ocupando espaço nos silos e aumentando o custo de produção. No Rio Grande do Sul, na região de Vacaria, saem negócios entre R$ 1.350 a R$ 1.400 por tonelada CIF colocada no moinho, com entrega e pagamento imediatos. Os preços estão firmes. Têm saído bastante negócios nos últimos dias.

Com as chuvas intensas, há pouco trigo de qualidade no Rio Grande do Sul neste ano. A colheita ainda não terminou no Estado. Os trabalhos já alcançaram 90%, mas na microrregião oeste, com referência em Vacaria, ainda há trigo para ser colhido, e os trabalhos devem ser retomados. Há mais algumas semanas de colheita e a expectativa é terminar tudo até 20 de dezembro. Todo o trigo colhido até agora no Estado é do tipo 3 e raros são os do tipo 2. Os moinhos estão tentando analisar e reclassificar o cereal, pois a reclassificação depende da moagem. A quebra da safra no Estado gaúcho pode ser muito grande. No Paraná, na região de Ponta Grossa, mais da metade da safra virou triguilho.

Muita coisa vai acabar indo para a exportação, para a indústria de ração, para a mistura na farinha. As chuvas castigaram a região nos últimos meses e interferiram muito na safra. Há um mês, o Paraná tinha trigo suficiente para atender o Rio Grande do Sul, mas hoje não tem nem para o próprio Estado. A região norte paranaense colheu muito bem, mas houve uma quebra de 30% no oeste devido à brusone. A quebra no Estado coincidiu com os leilões públicos, realizados durante as chuvas. Foi a oportunidade para os produtores pegarem bons preços no trigo para exportação. O que custava R$ 1.000 passou para R$ 1.400 a tonelada. Hoje, as indicações são de R$ 1.350 a tonelada para a entrega no moinho. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.