27/Nov/2023

De acordo com o estudo “Ucrânia: Impacto da Guerra na Rentabilidade da Agricultura”, do Ministério de Política Agrária e Alimentação da Ucrânia com apoio do Banco Mundial, as perdas no setor agrícola da Ucrânia, decorrentes do cultivo de grãos e oleaginosas, devem diminuir em 2023, em comparação com o ano anterior. Apesar disso, culturas importantes, como o milho e o trigo, tendem a continuar sem registrar lucros no ano. Em 24 de fevereiro de 2022, a Rússia invadiu a Ucrânia, iniciando uma guerra, por meio de ataques terrestres e aéreos. De acordo com o relatório, o trigo de inverno deve ter seu prejuízo reduzido de US$ 38,00 por tonelada em 2022, para um prejuízo de US$ 14,00 por tonelada. Em 2021, antes da guerra, o cultivo do cereal no país registrou lucro de US$ 81,00 por tonelada.

O milho deve causar prejuízo de US$ 21,00 por tonelada neste ano, ante prejuízo de US$ 48,00 por tonelada no ano passado e lucro de US$ 67,00 por tonelada em 2021. A soja deve voltar a apresentar lucratividade, alcançando US$ 96,00 por tonelada em 2023, no ano anterior o prejuízo foi de US$ 14,00 por tonelada e no ano retrasado o lucro foi de US$ 274,00 por tonelada. É essencial lembrar que a temporada de 2021 foi muito bem-sucedida para os produtores de grãos e oleaginosas na Ucrânia. Altos rendimentos, preços elevados para produtos agrícolas e baixos preços para insumos garantiram lucros substanciais (pelo menos para aqueles que venderam a colheita antes de 24 de fevereiro de 2022).

Assim, o sucesso de 2021 criou recursos para a resiliência em 2022, enquanto a margem de segurança para o setor agrícola era muito mais estreita no início de 2023. Os principais fatores que vão afetar a agricultura da Ucrânia em 2023/2024 serão a dinâmica dos preços no mercado de exportação, a capacidade de exportar pelo Mar Negro e/ou pela União Europeia, o efeito do clima nas safras, os custos de logística, acesso a financiamento, preços e disponibilidade de energia, bem como o desenvolvimento da taxa de câmbio da hryvnia (moeda ucraniana). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.