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18/Oct/2023

Trigo argentino perde espaço para Rússia no Brasil

Segundo a Bolsa de Comércio de Rosário, com a queda na produção de trigo da Argentina, o país perdeu espaço para a Rússia no mercado brasileiro, seu principal comprador. De janeiro a setembro, 55% das compras do Brasil vieram da Argentina, 23% da Rússia e 15% do Uruguai. Em igual período de 2022, 85% das importações brasileiras de trigo eram do produto argentino, enquanto o cereal russo não aparecia nos dados de importação. A participação média da Argentina no mercado brasileiro costumava girar em torno de 80% por safra, mas o produto da Rússia com valor mais baixo se tornou mais atraente.

A oferta total de trigo argentino para o ciclo 2022/2023 deve ser de 14,4 milhões de toneladas, nível mais baixo desde 2013/2014. A projeção é consequência da queda robusta de 46% na produção anual. Além disso, o trigo argentino compete com um produto russo mais barato. A Rússia estaria produzindo 92 milhões de toneladas e teve uma venda rápida por parte dos agricultores. Isso resultou em pressão sobre os preços e criou um mercado FOB competitivo, fechando no início desta semana a US$ 230,00 por tonelada para o trigo russo com 12,5% de proteína, enquanto o trigo argentino atingiu US$ 300,00 por tonelada.

A diferença de preços entre os dois produtos teria ficado mais acentuada depois do início da guerra entre Rússia e Ucrânia, chegando a quase 600%, para uma diferença de US$ 154,50 por tonelada. Agora, a diferença se estabilizou em US$ 75,00 por tonelada. Desde o início da série histórica até fevereiro de 2022, quando a guerra começou, a cotação FOB argentina tinha uma média de US$ 11,00 por tonelada acima da cotação russa. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.