04/Sep/2023

Segundo o Commerzbank, a ampla oferta de trigo de países produtores de destaque e o avanço das exportações ucranianas provavelmente frustraram a expectativa da Rússia de conquistar uma parcela maior do mercado global. O país esperava aumentar sua competitividade quando encerrou o corredor de grãos pelo Mar Negro, que permitia a exportação segura de produtos da Ucrânia. Com o mercado abastecido, o os preços do cereal devem ser pressionados, por enquanto. Mesmo sem o acordo, a Ucrânia conseguiu colocar seus grãos no mercado por rotas alternativas.

O Ministério da Agricultura da Ucrânia relata que foi possível exportar mais agora, desde o início da nova temporada, do que no mesmo período do ano passado. Além disso, a competitividade aumentou com a ampliação do suprimento de trigo de outros produtores. A União Europeia (UE), por exemplo, que enfrenta perspectivas de colheita prejudicada por condições climáticas adversas, não deve ter as exportações afetadas, prevê o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Aparentemente, o trigo da União Europeia agora é mais barato do que o da Rússia.

Isso provavelmente se deve, em parte, ao piso de preço (não oficial) para o trigo introduzido pelo governo russo. A consultoria SovEcon relata que o piso de preço pode ser elevado nos próximos meses, o que minaria ainda mais a competitividade. Apesar disso, as exportações russas continuam robustas, com estimativa de que os embarques de agosto totalizem cerca de 5 milhões de toneladas. A consultoria Ikar revisou para cima sua previsão de embarques do cereal russo no ano safra atual, para 49,5 milhões de toneladas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.