08/Aug/2023

A consultoria agrícola SovEcon revisou para cima suas previsões para as exportações de trigo da Rússia. Na temporada 2023/2024, a estimativa passou de 47,2 milhões de toneladas para um recorde de 48,1 milhões de toneladas. Para a cevada, a estimativa foi reduzida de 5,3 milhões de toneladas para 4,6 milhões de toneladas, já a do milho passou de 4,5 milhões de toneladas para 4,4 milhões de toneladas. No total de grãos, as estimativas de exportação passaram de 58,9 milhões de toneladas para 59,1 milhões de toneladas. O aumento na previsão de exportação de trigo ocorre em virtude do crescimento nas estimativas de produção e de vendas recordes. Em julho, a SovEcon elevou a estimativa de colheita de trigo da Rússia de 86,8 milhões de toneladas para 87,1 milhões de toneladas. As exportações no mês foram estimadas em 4,4 milhões de toneladas, ante 2,5 milhões de toneladas no ano anterior e média de 2,8 milhões de toneladas.

Para agosto, a consultoria avalia que os embarques sejam superiores a 5 milhões de toneladas. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) elevou a estimativa de exportação de trigo russo na temporada 2023/2024 para 47,5 milhões de toneladas. As estimativas de cevada e milho permanecem inalteradas em 4,6 milhões de toneladas e 4,2 milhões de toneladas, respectivamente. No mercado global, a redução da concorrência da Ucrânia provocada por uma diminuição na produção no país deve auxiliar as exportações russas do cereal. Na nova temporada, as exportações ucranianas são estimadas em 10 milhões de toneladas, ante 17 milhões de toneladas previstas anteriormente. Um fator negativo adicional para as exportações da Ucrânia são possíveis problemas para exportações via Rio Danúbio e uma pausa nos embarques pelos terminais de Odessa após o fim do acordo de grãos.

No mercado doméstico, as exportações de trigo devem ter suporte das margens de exportação elevadas para os comerciantes russos, da expansão de infraestrutura e da alta oferta de grãos. Deve-se observar que o volume de embarques dependerá em grande parte do tamanho da cota de exportação que o governo introduziu entre fevereiro e junho. As estimativas consideram um cenário sem problemas para as exportações russas. No entanto, não se pode descartar tais problemas. É provável que ocorram novas tentativas de ataque como os que ocorreram na Ponte da Crimeia e em Novorossiysk, por exemplo. Também não é possível descartar completamente a possibilidade de restrições adicionais de exportação por parte das autoridades russas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.