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17/Jul/2023

Preços do trigo pressionados pelo câmbio e oferta

O recuo do dólar ante o Real, que pressiona as cotações do trigo no mercado interno, limita o fechamento de novos contratos do cereal nas principais praças produtoras. O dólar cedeu 1,5% na última semana, encerrando o pregão da sexta-feira (14/07) a R$ 4,7950. Além da depreciação da moeda norte-americana, o fato de a indústria moageira estar abastecida também contribui para a baixa liquidez do mercado. No Paraná, na região dos Campos Gerais, o mercado sport de trigo está travado. Com a queda dos futuros na Bolsa de Chicago (CBOT), além do recuo do dólar ante o Real, as negociações estacionaram. Além disso, o comprador se abasteceu bem de uns tempos para cá. Chega bastante trigo do Rio Grande do Sul e, também, lotes do Paraguai por R$ 1.500 por tonelada, o que garantiu que a indústria enchesse seus armazéns.

As indicações de compra na região seguem nesses patamares de R$ 1.500 por tonelada CIF Ponta Grossa, com entrega em julho e pagamento no fim de setembro. Esses prazos não têm agradado à ponta vendedora. Os compradores ficaram acostumados aos prazos do trigo gaúcho e paraguaio e deixaram de lado o prazo de um mês para pagamento, alongando para setembro. Mesmo que produtor ainda pense em preços mais altos, por volta de R$ 1.600 a tonelada em iguais condições, há muito cereal nos silos e, quando a safra começar a ser colhida no Paraná, a partir de setembro no norte do Estado, até outubro nos Campos Gerais, deve haver a commodity da safra velha. Em relação ao trigo futuro, da safra 2023, as indicações de compra giram em torno de R$ 1.100 a tonelada CIF moinho Ponta Grossa, com entrega em outubro e pagamento em novembro de 2023.

As negociações, porém, seguiam de forma pontual, por causa da queda de braço em torno de preços. O vendedor pede pelo menos R$ 1.300 a R$ 1.400 por tonelada, em iguais condições. No Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo, os moinhos buscam novos lotes do cereal, mas falta acordo quanto ao preço entre comprador e vendedor. Os moinhos paranaenses propõem de R$ 1.300 a R$ 1.340 por tonelada para cereal gaúcho FOB, com pagamento à vista, enquanto produtores pedem entre R$ 1.380 e R$ 1.400 por tonelada nas mesmas condições. Os moinhos do Rio Grande do Sul estão abastecidos indicando de R$ 50 a R$ 100 por tonelada abaixo do grão paranaense. Para trigo branqueador, os produtores pedem de R$ 1.650 a R$ 1.700 por tonelada. Para venda antecipada de trigo, que será colhido a partir de meados de outubro no Estado, não há referência de preço na região. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.