26/Jun/2023

Segundo o banco alemão Commerzbank, já em alta, os preços do trigo devem continuar subindo impulsionados pelas condições climáticas desfavoráveis em regiões produtoras e pela provável revogação do acordo de exportação de grãos pelo Mar Negro, entre Rússia e Ucrânia. Os preços do cereal na Bolsa de Chicago já superaram sua previsão para o fim de ano, de US$ 6,60 por bushel, o que deve se repetir em breve na Euronext, na qual a expectativa para o fim de 2023 seria de 260 euros por tonelada. Afinal, não há sinais de melhora das perspectivas no curto prazo.

A deterioração das expectativas para a safra 2023/2024 ocorre em virtude das condições climáticas quentes e secas nos principais centros produtores, incluindo a Rússia, o maior exportador de trigo, e a União Europeia. O Serviço de Monitoramento de Safras (Mars) da União Europeia (UE) reduziu sua perspectiva para os rendimentos médios da temporada. As previsões para o trigo mole ainda superam o nível da temporada anterior, mas o número pode ser revisado para baixo caso as questões climáticas não melhorem.

Além disso, fica cada vez mais evidente que o acordo de grãos entre Rússia e Ucrânia não será estendido além de meados de julho. Os dois lados expressaram pessimismo recentemente com uma renovação. Um diplomata ucraniano chegou a falar da probabilidade de 99,9% de a Rússia se retirar do acordo. De qualquer forma, as exportações através do corredor de grãos no Mar Negro já diminuíram consideravelmente nos últimos tempos, como observou recentemente o Ministério da Infraestrutura da Ucrânia. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.