07/Jun/2023

Segundo o banco alemão Commerzbank, os preços do trigo voltaram a subir depois da queda em maio, em virtude dos conflitos envolvendo o acordo de exportação de grãos pelo Mar Negro e previsões de menor oferta em relação ao ano passado. Depois que a iniciativa de exportação grãos entre a Ucrânia e a Rússia foi mais uma vez prorrogada por apenas dois meses em maio, as discussões no mercado sobre uma possível prorrogação, sem dúvida, serão retomadas muito em breve. Um novo encontro está marcado para sexta-feira (09/06).

A Rússia ameaça revogar o acordo mais uma vez. Ao fazer essa ameaça, a Rússia presumivelmente espera forçar a Ucrânia a fazer concessões como, por exemplo, abrir um gasoduto de amônia que vem exigindo há muito tempo. Apesar de o mercado já estar acostumado com tais ameaças, o risco é de que os investidores sejam pegos de surpresa se as negociações fracassarem. Somado a isso, diferente do ano passado, Rússia e Austrália não devem colher uma safra recorde.

A Austrália ainda enfrenta o risco de uma seca por causa fenômeno climático El Niño. Conforme o governo local, a safra deve ser 34% menor do que a anterior. Em contrapartida, a consultoria agrícola SovEcon prevê que a Rússia aumentará novamente suas exportações de trigo, apesar de uma safra menor, depois de já terem alcançado um nível recorde no ano passado. Os especialistas preveem exportações de 45,7 milhões de toneladas, após 44,5 milhões de toneladas, com base nos dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em 2022/2023. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.