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24/Mai/2023

Acordo do Mar Negro pressionando trigo e milho

Assim como no caso do trigo, os preços do milho também foram pressionados pela renovação do acordo de grãos do Mar Negro. Na semana passada, as cotações registraram mais de 5% de queda, em virtude do alívio causado pela continuidade da exportação de milho ucraniano. Um pouco acima de US$ 5,60 por bushel, a commodity chegou a ser negociada em seu valor mínimo desde julho do ano passado e bem abaixo do que antes do início da invasão da Ucrânia pela Rússia.

Outra justificativa é a previsão de uma oferta robusta para a nova safra. Depois que a oferta em 2022/2023 caiu em relação à temporada anterior, em parte por causa dos danos causados pela seca na Europa e nos Estados Unidos, em particular, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) espera que a produção vá se recuperar. A União Europeia registrou queda de 26% em sua oferta ante 2021/2022. Somado a isso, o USDA também projeta uma safra robusta do Brasil, que superou os Estados Unidos como maior exportador mundial de milho e que deve continuar assim em 2023/2024.

Em contrapartida, apesar do trigo também ter sido pressionado pela renovação da iniciativa do Mar Negro, o mesmo não pode se dizer sobre a oferta, o que deve impedir novas quedas de preço. Não apenas a oferta de trigo dos Estados Unidos foi prejudicada pela última seca, mas os agricultores da Argentina também continuam lutando contra as condições climáticas adversas que agora estão colocando em risco a semeadura do trigo. Os Estados Unidos podem ter mais uma quebra de safra na nova temporada.

Em 2022/2023, a redução foi de 43% para o trigo, 25% para o milho e 38% para a soja, segundo dados do USDA. Se as chuvas nos próximos dias continuarem insuficientes, as previsões para a próxima safra de trigo já devem ser novamente revisadas para baixo. Até agora, o USDA prevê que a Argentina deve representar cerca de 6% das exportações globais de trigo em 2023/2024. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.