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08/Mai/2023

Preços do trigo em queda afastam os vendedores

A comercialização de trigo no mercado interno avança pouco neste início de maio. Após as cotações do cereal terem acumulado queda expressiva em abril, os produtores não se desfazem dos lotes e optam por se voltar ao preparo das lavouras para o plantio da próxima safra. O trigo encerrou abril com a média mensal atingindo o menor patamar desde março de 2020 no Rio Grande do Sul, a R$ 1.416,02 por tonelada, e o menor nível desde setembro de 2020 no Paraná, a 1.594,88 por tonelada. As indústrias manifestam interesse de compra de novos lotes, mas em valores ainda aquém do esperado pelos vendedores. No Paraná, na região dos Campos Gerais, a retração dos vendedores limita a efetivação de novos acordos. Na região, o trigo gaúcho chega por R$ 1.470 a R$ 1.500 por tonelada CIF moinho em Ponta Grossa. O mesmo valor é oferecido pela indústria local pelo cereal paranaense FOB para retirada imediata e pagamento para fim de junho e começo de julho, mas não há interesse venda.

Os vendedores dos Campos Gerais querem de R$ 1.600 a 1.700 por tonelada FOB, mas nesse preço não roda mais. Os moinhos ainda possuem cereal estocado. Apesar da entressafra, o valor pago pelo cereal na região recuou de R$ 1.650 a R$ 1.600 por tonelada FOB no começo da semana anterior para no máximo R$ 1.500 por tonelada FOB. O recuo deve-se ao fato de o cereal gaúcho chegar a valores mais competitivos na região. No norte do Paraná, trigo gaúcho chega a R$ 1.520 a R$ 1.530 CIF por tonelada. A negociação de soja e milho travou no Rio Grande do Sul. Então e estão vendendo trigo. Em relação à nova safra, que está sendo semeada no Estado, o comprador propõe R$ 1.400 por tonelada com entrega em setembro e outubro e pagamento em 30 dias. Como estão abastecidos com trigo da temporada anterior, os moinhos estão fora da mesa de negociação. No Estado, 28% da área destinada ao cereal na safra 2023 foi plantada.

O recuo na cotação do trigo, acompanhando a queda recente do milho, foi observado também no Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo. Os produtores seguram o cereal ainda remanescente da safra passada. Os compradores oferecem de R$ 1.290 a R$ 1.300 por tonelada FOB para cereal tipo pão com retirada imediata e pagamento de 15 a 21 dias, enquanto produtores pedem pelo menos de R$ 1.400 a R$ 1.430 por tonelada. As propostas recuaram entre R$ 30 e R$ 40 por tonelada ante a semana anterior. Os moinhos estão abastecidos e ainda têm bastante trigo. No fim de maio, começam a se posicionar quanto à nova safra. Para cereal tipo branqueador, os vendedores pedem de R$ 1.620 a R$ 1.650 por tonelada, mas moinhos não demonstram interesse e sequer há indicação. Em relação à próxima safra, a movimentação na região é escassa. Não há ainda referência de venda e compra do cereal. O Rio Grande do Sul deve iniciar o plantio do cereal da safra 2023 nas próximas semanas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.