25/Abr/2023

Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires em seu primeiro levantamento sobre a safra de inverno, a área semeada com trigo na Argentina na temporada 2023/2024, que será cultivada neste ano, deve alcançar 6,7 milhões de hectares. Se confirmada a projeção, a área ocupada pelas lavouras do cereal será 9,8% maior, ou 600 mil hectares, ante a plantada no ciclo anterior e 4,7% superior à média dos últimos cinco anos, de 6,4 milhões de hectares. A área de trigo em 2023/2024 seria juntamente com a temporada 2021/2022 a segunda maior dos últimos 22 anos, ficando atrás apenas do plantado no ciclo 2001/2002, de 7 milhões de hectares. O plantio de trigo na Argentina deve começar no mês que vem.

No entanto, essa projeção de área está sujeita às chuvas registradas durante as próximas cinco semanas e a recuperação das reservas de umidade do solo que permite que as intenções de plantio se concretizem. A perspectiva de incremento de área do cereal é atribuída à previsão da ocorrência do fenômenos climático El Niño durante a primavera à necessidade de liquidez financeira pelos produtores rurais após a quebra da safra 2022/2023, à queda nos preços de insumos como fertilizantes e herbicidas, ao cenário favorável de preços para o trigo (mantendo-se acima da média do últimos cinco anos), à melhora na relação de troca entre insumo e produto ante a última safra e aos incentivos econômicos concedidos pelo governo para a melhora da entrada de reservas no país.

Embora haja sinais favoráveis, são vários os fatores que geram incerteza no curto prazo. Entre eles, as condições climáticas previstas para os próximos semanas, a disponibilidade de sementes e insumos e financiamento, bem como a situação econômica em geral. Além disso, a falta de clareza nas regras do jogo é uma camada adicional de complexidade à situação atual. Em 16 de maio, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires divulgará suas primeiras estimativas sobre produção, exportações e receita quanto à safra argentina de trigo e cevada 2023/2024. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.