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13/Abr/2023

Risco de fim do acordo do Mar Negro subestimado

Investidores do mercado de grãos veem pouco risco de revogação do acordo de grãos entre a Rússia e a Ucrânia. No entanto, o mercado pode estar subestimando o risco de fracasso das negociações. O quão importante o corredor marítimo de grãos se tornou para a Ucrânia fica claro pelos problemas que está tendo para transportar as exportações de grãos por terra. Os contratos futuros do cereal até chegaram a recuar na Bolsa de Chicago, confirmando a perspectiva de que o acordo será renovado. No dia 7 de abril, porém, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que o país se retiraria do acordo de grãos com a Ucrânia se suas exigências de flexibilização das exportações agrícolas russas não fossem atendidas. O acordo, que permite a exportação de grãos ucranianos pelos portos do Mar Negro, que expiraria em 18 de março, foi renovado por mais 120 dias.

Os comentários de Lavrov podem ter sido nada mais do que ameaças vazias. Afinal, a Rússia já concordou duas vezes com a prorrogação do acordo, apesar de reclamar há algum tempo dos efeitos das sanções Ocidentais sobre suas exportações agrícolas. Países vizinhos da Ucrânia, como a Polônia, foram inundados com grãos ucranianos após o levantamento das restrições à importação, pressionando os preços locais e, portanto, as margens de lucro dos agricultores locais. Por essa razão, a Polônia impôs uma proibição temporária de importação. Outros países podem seguir o exemplo, o que pode restringir a oferta de trigo disponível no curto prazo. Segundo o Sindicato Ucraniano de Produtores de Alimentos (UAC), as manifestações de agricultores europeus são políticas e os embarques de grãos ucranianos não estão reduzindo a lucratividade dos negócios. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.