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07/Mar/2023

Transgênico: aprovação resolve conflito regulatório

A Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) avalia que a aprovação do plantio, uso, importação e comercialização de trigo geneticamente modificado no País resolve o risco de conflitos regulatórios entre a liberação da farinha proveniente de cereal GM e o próprio grão. O aval para uso do grão transgênico no País foi concedido pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). Com a decisão, a CTNbio considera que o cereal transgênico não apresenta risco à saúde humana ou ambiental. Até então, estava autorizado, desde novembro de 2021, somente o uso, a comercialização e a importação da farinha proveniente do trigo transgênico no País.

Restou no Brasil um risco operacional entre a aprovação da farinha e a proibição de utilização do trigo transgênico (variedade HB4), vindo a trazer risco de conflitos regulatórios, tendo a Argentina produzido grande quantidade de trigo GM (HB4) que pudesse chegar ao Brasil e sua entrada no País impedida pelos órgãos de controle. A aprovação do plantio, da importação e da comercialização em território nacional do trigo transgênico (HB4) pela CTNBio resolve esta questão, trazendo tranquilidade aos diferentes atores do mercado. Após mais de um ano da aprovação da importação de farinha de trigo transgênico, não ocorreram manifestações contrárias ao produto.

Pesquisas realizadas no período deram sinais de que os consumidores brasileiros não se opunham ao uso de transgênicos. Além disso, alguns países autorizaram o uso da tecnologia e vários outros passaram a reavaliar o tema. Inicialmente, ao longo das discussões sobre o aval para uso de farinha transgênico no Brasil em 2020 e 2021, a Abitrigo, juntamente com demais indústrias do setor de derivados de trigo, eram contrárias ao uso e à comercialização do produto no País. Após pesquisa com consumidores, a entidade reviu sua posição.

A entidade sempre considerou a CTNBio competente para se manifestar sobre os aspectos técnicos relacionados aos transgênicos, incluindo a saúde dos consumidores. As opiniões da indústria moageira se limitaram sobre eventuais impactos mercadológicos da aprovação. Que garantisse a adequação da tecnologia aos interesses e entendimento dos consumidores, uma vez que não existiam informações mais precisas sobre este assunto. Sobre o aspecto tecnológico, a Abitrigo foi e continua sendo favorável aos desenvolvimentos de inovação que venham trazer benefícios à saúde e à segurança alimentar dos brasileiros. A palavra final ficará com os consumidores. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.