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06/Mar/2023

CTNBio libera cultivo e comercialização de transgênico

O colegiado da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), aprovou em reunião realizada na quinta-feira (02/03), o cultivo e a comercialização no Brasil de trigo geneticamente modificado. Até então, estava autorizado, desde novembro de 2021, somente a comercialização e importação da farinha proveniente do trigo transgênico no País. Com a decisão, a CTNbio considera que o cereal transgênico não apresenta risco à saúde humana ou ambiental. A variedade HB4 apresenta maior tolerância a estresse ambiental, especialmente em regiões com restrição hídrica, caso do Cerrado brasileiro. O pedido para cultivo e comercialização de trigo transgênico no País foi protocolado pela empresa de biotecnologia Tropical Melhoramento e Genética (TMG) junto à CTNBio em processo em 18 de novembro de 2022. A TMG representa a argentina de biotecnologia Bioceres, detentora da cultivar neste processo. A variedade do cereal geneticamente modificado HB4 foi aprovada para cultivo na Argentina em outubro de 2020.

A Bioceres Soluções Agrícolas concluiu a avaliação de segurança do trigo tolerante à seca HB4, fornecendo total aprovação para comercialização e cultivo no Brasil. A companhia disse que a aprovação se baseia em uma anterior, quando o País aprovou uso de farinha de trigo HB4 em alimentos e rações em novembro de 2021. Além de abrir o mercado brasileiro para a tecnologia, a decisão aumenta as possibilidades para a comercialização na Argentina através de outros canais além do programa HB4 com identidade da Bioceres. A aprovação permite acelerar a colaboração da Bioceres com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para desenvolver variedades subtropicais de trigo, com o intuito de aumentar a oferta de materiais locais na região geográfica. A tecnologia HB4 é uma ferramenta fundamental na adaptação de sistemas agrícolas a climas mais extremos, já tendo comprovado aumento de rendimento de mais de 40% em ambientes sob forte estresse hídrico, com base nos resultados da recente safra afetada pela seca na Argentina.

O trigo HB4 oferece potencial para cultivo duplo (rotação de trigo com uma leguminosa de verão) em regiões do país atualmente limitadas pela disponibilidade de água. Depois da Argentina, o Brasil é o segundo país a aprovar o trigo HB4 para cultivo, concluindo os processos de aprovação para os mercados-alvo de trigo da empresa na América Latina. A companhia afirmou que a aprovação abre caminho para a tecnologia gerar US$ 15 milhões a US$ 20 milhões em Ebitda incremental até o ano fiscal de 2024. O Brasil planta em média entre 2 milhões e 3 milhões de hectares de trigo anualmente. Junto com a Argentina, os países são responsáveis por 90% do plantio do cereal na América do Sul. O trigo HB4 também é aprovado para uso em alimentos e rações nos Estados Unidos, Colômbia, Nova Zelândia, Austrália, África do Sul e Nigéria, e para uso em rações na Indonésia. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.