27/Fev/2023

O Fórum de Perspectivas Agrícolas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) confirmou as previsões ao divulgar, no dia 23 de fevereiro, a estimativa de área plantada para as três principais culturas (soja, milho e trigo) na safra 2023/2024 em relação a temporada anterior, mas não afetou os contratos futuros de todos os grãos. Enquanto a previsão de área para soja permaneceu inalterada em relação ao ano comercial anterior, trigo e milho tiveram suas áreas aumentadas, apesar de apenas este último ter impacto no preço futuro diante das previsões feitas pela agência.

Com 20,03 milhões de hectares, a área de trigo constituiria a maior área plantada desde a temporada 2016/2017. A oferta de trigo deve aumentar 14% em comparação com a temporada 2022/2023, o que também se deve aos maiores rendimentos. Este último pode ser um tanto surpreendente, dado que as condições de tempo seco no início do ano pareciam estar ameaçando a safra de trigo de inverno. O rendimento deve ser 6% maior ante a temporada passada. Provavelmente, ainda é muito cedo para julgar a qualidade real das plantas.

As condições na primavera e no verão provavelmente serão o principal fator determinante dos rendimentos. Portanto, não é surpresa que os mercados de trigo não tenham sido afetados pelas perspectivas otimistas do USDA. Em contrapartida, a previsão de uma área cultivada 10% maior para o milho pressionou ontem o preço do cereal na Bolsa de Chicago. As previsões não deveriam ter pegado o mercado de surpresa, visto que elas vieram em linha com o que foi projetado pelos analistas.

A previsão da safra 2023/2024 também poderia ter sido feita com base nas previsões de longo prazo do USDA até agora. O que foi decisivo, porém, é provavelmente o fato de que os analistas esperavam um número um pouco menor, embora o número real seja apenas marginalmente maior. O USDA previu uma safra de milho de 15,085 bilhões de bushels (383,18 milhões de toneladas , 1,2% abaixo do valor assumido anteriormente, embora isso provavelmente se deva à safra 1,2% menor na atual temporada. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.