25/Jan/2023
A Câmara da Indústria Oleaginosa da República Argentina (Ciara) e o Centro de Exportadores de Cereais (CEC) avaliam que as transações comerciais com trigo argentino para o Brasil já envolvem uma espécie de regime de compensação cambial, à semelhança do mecanismo estudado pelos governos argentino e brasileiro. No momento, os acordos sobre compensação cambial para o comércio bilateral são um mecanismo a ser desenvolvido, o que levará tempo. O comércio de trigo com o Brasil, além de utilizar dólares ou outras moedas, na prática já aplica este regime, pois, quando a Argentina cobra as operações, os dólares recebidos são mantidos pelo Banco Central da Argentina que repassa os valores em pesos.
A criação de uma unidade de conta sul-americana estudada pelos governos do Brasil e da Argentina reduziria, segundo o governo brasileiro, a necessidade de dólar para troca comercial entre os países. A moeda comum para transações comerciais funcionaria para importação e exportação entre os países com pagamento em moeda local, sem necessidade de dólar. Analistas observam que a medida poderia facilitar o comércio entre os países, já que não haveria necessidade de conversão e compra da moeda norte-americana pelos empresários. Hoje, o principal produto brasileiro exportado para a Argentina são os carros e na importação é o trigo argentino. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.