23/Jan/2023
A comercialização de trigo no mercado interno evolui pouco nas principais praças produtoras. Tanto os moinhos quanto os exportadores estão pouco ativos na mesa de negócios, o que limita a comercialização doméstica. Os preços, por sua vez, se mantêm praticamente estáveis. No Rio Grande do Sul, o mercado está devagar nos últimos dez dias. Estão saindo alguns negócios porque vendedores precisam liberar espaço em silos para entrada de soja e milho, mas, do lado da demanda, os moinhos estão calmos porque fizeram boas compras em dezembro com compromisso de carregamento posterior. Os preços pagos pelo trigo gaúcho se mantêm em relação à semana anterior.
Lotes rodam de R$ 1.450 por tonelada FOB na região das Missões a R$ 1.550 por tonelada FOB Serra Gaúcha, ambos com retirada e pagamento em março. Há inclusive moinhos paranaenses interessados em negócios para março. Os preços atraem o vendedor, mas falta comprador. De produtor para cooperativa, o cereal sai em torno de R$ 78 por saca de 60 Kg. Para exportação, o comprador indica em média R$ 1.520 por tonelada CIF Rio Grande/RS, com entrega em fevereiro e pagamento em março. No Paraná, na região dos Campos Gerais, a movimentação é escassa. Na região, os compradores oferecem R$ 1.680 por tonelada CIF com entrega em fevereiro e pagamento em março, ante R$ 1.700 na semana anterior. No geral, os moinhos estão carregando o que já compraram.
O aumento do frete atrapalhou o carregamento do trigo adquirido previamente e novos negócios. Com receio de escassez de caminhões à medida que a colheita da safra de verão se acelera, os moinhos têm pressa para retirar o cereal de contratos para o fim de janeiro. Ainda está chegando ao Paraná trigo gaúcho comprado por R$ 1.400 a R$ 1.450 por tonelada FOB no Rio Grande do Sul em dezembro, mas agora as ofertas estão mais altas, entre R$ 1.450 e R$ 1.500 por tonelada FOB. O trigo paraguaio chegaria ao Estado por R$ 2.000 por tonelada, mas surgem poucas ofertas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.