14/Dez/2022

A Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS) estima que 55% da safra de trigo 2022 esteja vendida e que 65% da produção, ou 3,2 milhões de toneladas, está nas cooperativas. Isso preocupa porque há um curto espaço de tempo para realizar essa venda. No ano passado cerca de 70% das 3,5 milhões de toneladas colhidas foram exportadas. Houve vendas para vários países e a exportação consolidou uma grande liquidez para o trigo do Estado. Sobre a produção deste ano foi o trigo. A colheita supera as 5 milhões de toneladas com produtividade média no Estado acima de 3 mil quilos por hectare. Alguns produtores conseguiram acima disso.

Em determinado momento, o preço pago ao produtor chegou a R$ 115,00 por saca de 60 Kg. Hoje, o preço voltou ao patamar de janeiro de 2022, que é de R$ 84,00 por saca de 60 Kg. Para 2023, o trigo segue como alternativa interessante no inverno. Deve haver um aumento de área de trigo, mas existe certa preocupação neste momento quanto à comercialização. A safra está colhida, o produto está depositado nos armazéns, mas infelizmente não há clareza de comercialização. Sobre o faturamento do setor cooperativista do Rio Grande do Sul, a Fecoagro prevê resultados em linha com os de 2021.

A entidade citou levantamento feito até outubro: o faturamento do cooperativismo no Estado é de R$ 32 bilhões, mantendo igual marca para o mesmo período de 2021. Mesmo com a quebra da safra de soja e milho, por causa da estiagem no verão, as sobras até outubro eram 6,7% maiores. A margem bruta cresceu 18% e a margem líquida aumentou 9%. Quanto ao governo federal que assume em 2023, o setor torce para que haja um bom relacionamento e os interesses devem ser convergentes. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.